segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Remedios
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Poesia e etc...
O poeta voltou
sentiu o mundo
e este bem lhe recebeu
Sentiu as dores
E não se abalou
Sentiu que deve voltar
E o mundo se reanimar
E os amores despertarem
E tudo se colorir
Sentia uma imensa saudade
Das coisas que tinha sido privado
E queria voltar e se reanimar
E sabia que tudo estaria lá
Restava seu gosto
Restava a emoção
Incontida
em seu rosto
quinta-feira, 26 de junho de 2008
FUTEBOL e etc ...
terça-feira, 24 de junho de 2008
Poesia e etc...
Sinto-me perturbado
Sem sossego
em meu próprio lar
A casa parece ter caido
Meus ombros não conseguem suportar
Todo esse peso que você me dá
Não consigo quietar
Nem ao menos descansar
Acordo e vejo
que voce ainda está
Não consigo me libertar
Desse desejo a passar
Não sei mais o que fazer
Como pedir para você parar
Invade minha vida
sem pedir licença
Toma meus documentos
Rouba minha vida
Não me devolve nem amor
Que coisa mais sem pudor
Deixe-me em paz
Para que eu possa viver
estudar e ler
sem a sua companhia
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Poesia e etc...
Liberda é poder fazer
Tudo o que se querer
É poder voar
nas asas da imaginação
É a cerveja tomada
a cada gole que embriaga
Cada fumaça tragada
Num prazer sem fim
É não ter remédios
Maiores que o mundo
É amar sem fim
Sonhos que não tem fim
É saber-se dono de si
É saber que o mundo não acaba
onde nossa vista se turva
É rio de lágrimas
É fazer o que se quer
Quando se quer
Por que se quer
Na hora que quiser
terça-feira, 17 de junho de 2008
Poesia e etc...
Penso, logo desisto
Penso, mas insisto
No existir, no ser
Na alma, no viver
Penso, logo existo
Insisto e logo desisto
De pensar, de sentir
Do viver, do sorrir
Do não-ser ao existir
Só me resta rir
E ao sair, sem pensar
A ausência do que falar
domingo, 15 de junho de 2008
FUTEBOL e etc ...
sábado, 14 de junho de 2008
Cansado dessa baboseira
Heterônimos nascem de mim
Poesia e etc...
O sono
Dormi
Quase três dias
Sobrevivi
Revivi
Recriei
O meu mundo
A minha música
O Meu ser.
Renasce
Ganha as asas
Tão sonhadas
O mundo
Continua o mesmo
Cruel e sórdido
Na minha espera
E nessa cansço
Do mundo
Dos atores
Do viver
E do ser
Recrio minhas várias pessoas
Revivo meus velhos amores
E sigo perseguindo
O Novo
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Poesia e etc...
Tranformaçõs no mundo
agitam meu ser
será tudo verdade?
Ou um sonho direcionado para mim?
Verdade ou ilusão
seguirei o meu caminho
Ouvindo meu coração
Me embriagando sozinho
Alimentando a fantasia
que brota desse ser
imperfeito, anti-humano
mas amante do mundo
Aparências ou verdades
não me importa mais
somente me dominar
e a noite chegar
Caindo sobre meus ombros
Diminuindo o peso
da existência, do ser
do exemplo, do líder
Peso e responsabilidade
carregarei no meu viver
e você cheia de mel
inundando o apodrecer
De um ser que não quer mais ser
Mas não há opção
Já que ele já é
E continuará sendo
Sumiços
Fica aqui um manifesto. Por favor, devolvam minhas coisas.
Grato
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Poesia e etc...
Ser ou não ser
Não é a questão
Mas quem ser
ou como serão?
O mundo chama
A cabeça gira
O povo clama
O corpo pira
A alma intensa
O ser sedento
Como a gente pensa?
Se não sei invento
Nomes pessoas
lugares imaginários
seres estranhos
ao meu próprio eu
Que já se diluiu
no mundo inteiro
Agora não há eu
só nós
e a voz
clama por tensão
O mistério Fernando Pessoa
terça-feira, 10 de junho de 2008
Don Juan deMarco
Poesia e etc...
Continuo
errante e vagante
tal qual don juan
como don quixote
lutando contra
meus monstros imaginários
moinhos da minha vida
que me perseguem a toda hora
mortas em minhas memórias
vivas no meu peito
amores antigos
sempre voltam
na hora certa
hei de pousar
minhas mãos em teus peitos
e me matar de afagar
mas ainda não é hora
então fico só
com o mundo ao meu redor
com Cartola acompanhando
os versos de um triste
poeta sonhador
utopias e delirios
de um homem qualquer
domingo, 8 de junho de 2008
Poesia e etc...
O amanhecer trás sempre um novo dia
Renascimento, rejuvenescimento
Nova esperança
Do amor encontrar
Fugindo da solidão
Tão longe está o mar
Aclame-se ò coração
pois o dia reserva
nova paixão
Amor verdadeiro
Esse não existe
Somente passageiros
de nossa vida
em vão
Tentam nos animar
Mas o sol não
bate forte
nessa canção
Canção do amor amigo
Inocente e partido
Canção do amor barato
Inocente e incontido
Canção da loucura
de todos os dias
sábado, 7 de junho de 2008
O íncrivel tédio dos almoços
sexta-feira, 6 de junho de 2008
A incrível revolta das fisioterapeutas
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Poesia e etc...
Aulas são cansativas
O cérebro a mil
As pernas sem lugar
O pensamento não pára
É mais fácil dá-la
Que recebê-la
Inquietações, angústias
São colocadas em cheque
A capacidade intelectual
Já foi testada
Falta testar
A capacidade de agir
E atingir de vez
O mal que me percebe
O mundo que me persegue
E enfim estarei só
Amando uma musa
a cada dia
a cada noite
a cada instante
Mas já há
Nova Musa Inspiradora
Maravilhosa e Nova
Que agita o meu ser
seu nome é protegido
Para no meu coração viver...
quarta-feira, 4 de junho de 2008
FUTEBOL e etc ...
Assistimos hoje no campeonato brasileiro uma bela briga de técnicos sobre qual o melhor esquema tático a se utilizar. O Gallo inovou com três zagueiros e deu certo. Mas eu, na minha humilde opinião de manager de Winning Eleven, vou além na inovação. 3-4-3. Três zagueiros garantindo a defesa, com um volante atualndo ora como quarto zagueiro, ora como volante na saída de bola. Um segundo jogador de meio de campo jogando centralizado, em inglês um center mield filder. Acho que escreve assim mesmo. Esse jogador auxilia na marcação e na saída de bola. Exemplos: Martinez do Palmeiras e Rafael Mirando no Galo ou Richarlyson no São Paulo. Na frente desse jogador dois armadores estilo clássico. Passes rápidos e lançamentos. No Galo poderiam ser Petkovic e Almir. Na frente três atacantes, novamente uso o exemplo do Galo, pela paixão por esse time. Danilinho na direita, Renan Oliveira na esquerda e Marinho na frente, como centro-avante. Todos esses três jogadores têm obrigação de marcar e atacar. Fechar os espaços nas laterais, os pontas, e o centro avante auxiliar na marcação do meio para trás. Aliás todo o meu time só marcaria do meio para trás para não cansar os jogadores à toa. Jogar no contra-ataque, nesse esquema Dá super certo no futebol virtual. Resta agora a algum treinador tentar implanta-lo para ver se funciona na prática. Exige discplina na marcação de todo o time, e calma nas saídas de bola, aproveitando os espaços deixados pela defesa adversária.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Rage Against The Machine
Poesia e etc...
O amor-palhaço
Tu que vieste um dia
E adivinhasses minha alma
Chamastes-me de palhaço
E ficastes marcada em minha vida
Vieram outros tempo,
Novos e velhos amores
Tu que reaparecestes das cinzas
De um poeta enfadonho
Um dia não me quissestes
Tens esse direito
Porém maior é o direito
Que tenho de amar-te
Amar-te como amiga
Amar-te como possível paixão
Amar-te para todo sempre
Com o se faz a um irmão
O tempo vai nos dizer
O modo de nosso amor
Se subirá as montanhas
Ou se descerá até os amores
Amor difícil, complexo
Mas simples de entender
No olhar do palhaço
A esfinge no braço
Decifra-me
Ou te devoro
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Poesia e etc...
Devias vir
me encontrar em meus sonhos
mas eles não vêm
e você fica parada
não me dizes se queres
nem se não queres
O sono é o descanso
se queres dormir
me deixa descansar
pois teu sono eu velo
até o dia raiar
Mil perdões eu lhe devo
Mas não sei como pagar
a dívida do amor
que ainda vai se encontrar
Espero eu um dia
amadurecer a seu lado
sonhar e acordar
com teu colo amassado
de tanto amor viver
e reviver
As cidades e a violência
Poesia e etc...
Foram-se as épocas
Em que valia a pena andar
Foram-se as épocas
Que as pernas não doíam
Foram-se as épocas
Em que a pança não crescia
Vieram as épocas
de múscia e poesia
Vieram as épocas
de trabalho e melodia
Vieram as épocas
de fartura e bonança
Mas uma época nunca volta
a dos amores perdidos
em cada esquina
em cada olhar.
Perdido para sempre estará.
Poesia e etc...
a vida é um teatro.
os teatros mágicos são a vida
as mulheres de hollanda
continuam a viver
no meu triste coração
uma delas em especial
mulher de fino trato
linda e sensual
atriz das mais belas que já vi
Mas sei que ela é intocável
pois o pobre poeta
nada tem a lhe oferecer
apenas o amor
uns versos
e um conviver
viver junto
juntar e re
viver.
sábado, 31 de maio de 2008
Poesia e etc...
O poeta anda triste
A massa anda animada
As saídas são boas
As pressões de todos os lados
Aumentam a inspiração
Esvaem a melancolia
Mas ele tem um novo amor
Que tem nome e profissão
E lutará por ele como nunca
Pois o amor salva vidas
E a solidariedade é companheira
Todos são meus amigos
Mais raros são os amores
E a vida se esvai a cada dedo
A cada palavra
A cada gesto
A cada ato
A cada inação
Poesia e etc...
Aniversários são chatos por natureza
Pois as pessoas são chatas por natureza
A preocupação é algo incômodo
Pois o mundo é vasto e imundo
E sua sujeira que me interessa
Não quero bondade, nem caridade
Estou entendendo o que Hannah diz
Uma vez tornado público
O assunto não se esvai
E minha consciência
No trânsito cai
Sinto-me exaurido
De fazer o social
A vida nas passarelas
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Poesia e etc...
Unidade
Cidade
Umidade
Humildade
Uno
Duo
Trino
Sino
Rotina
Mentira
Cansa
Descansa
Casa
Descasa
Casca
Descasca
Roupa
Tira
Põe
Não
Sim
Talvez
Ou não
verborragia
verso
rima
pura
inteira
metade
mentira
verdade
Campanha pelo trânsito
É apenas uma idéia, que espero que se expanda.
Fui...
A pé e de onibus, sempre...
abraços
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Poesia e etc...
A vida continua a mesma
a chatura da rotina
As pessoas continuam chatas
A rotina passa
O Dia continua
O flaneur entediado
e o dia chateado
Os mesmos rostos
os mesmos destinos
A mesma solidão
Idiota de sempre
E a vida meu irmão?
Continua a chatice de sempre.
Aulas estudos
Filosofia salva
Poesia salva
Os amigos salvam
Os outros ajudam
Mas quem te salva?
É você, ninguém mais...
Poesia e etc...
A massa continua inquieta
A turba quer novidades
O homem continua o mesmo
Mas a história mudou
Todos sabem do homem
Nada sabem da história
Do homem muito pouco
Acham que dele sabem
Mas seus pensamentos vão
Aonde teu pensamento não alcança
Mais alegre que nunca
Mais solitário que o mundo.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Indiana Jones está de volta
terça-feira, 27 de maio de 2008
FUTEBOL e etc ...
O futebol é um esporte lento, se comparado ao basket e ao tênis. Ou ao pingue-pongue. Mas é um esporte que liberta a alma. Dentro da quadra são cinco contra cinco. Todos com fome de bola e vontade de ganhar. Alguns com a técnica mais apurada que outros. Mas a raça sempre vence a técnica. Não adianta ter um driblador que não sabe por a bola para dentro. Hoje joguei bola e me senti livre e igual a todos os outros. Lá eu não era o foco de atenção, mas sim a bola. E com ela eu me dou muito bem. Fiz alguns bons dribles, voltei a jogar meu futebol moleque que sempre encantou e trouxe brilho à pelada. Alguns deram arrado, mas aguentei correr até o final, sempre descansando no gol. Não forcei a barra e deu tudo certo. Meu time ganhou quase todas, com uma defesa que marcava atras do meio de campo e um ataque solidário. Belos lances, bela pelada. Agora falta voltar ao basket. Sábado. Até lá da tempo de dar umas corridas e melhorar a forma física. Preciso perder peso para voltar à fase áurea nos dois esportes. Mas estou voltando a alegrar as qudras de BH.
Fui...
segunda-feira, 26 de maio de 2008
FUTEBOL e etc ...
Poesia e etc...
Onde está você
que faz meu coração arder
que me deixa sem porto seguro
que joga minhas esperanças no céu
estas vagando o mundo
imundo como sempre
estas a me esperar
num canto qualquer
uma mísera ligação
e se ligam no coração
o tempo nos unirá
nossa hora há de chegar
Ò tempo cruel
Horas q nao passam
Dias lentos
Momentos intensos
Criatividade a mil
inspirada naquele vinil
Vinicius
Para sempre hei de te amar.
26-05-08
domingo, 25 de maio de 2008
Poesia e etc...
A beleza não escolhe
são pessoas que nos cruzam
Garçonetes passantes
Que nos enchem de amor
Alessandra é teu nome
Entre as musas tu figuras
No panteão do meu coração
Teu lugar está guardado
Nossa hora há de chegar
Entre todas escolhi tu
Das mulheres a mais enigmáticas
Perturbastes a minha paz
Touxestes uma nova visão
Visão do amor
Visão da paixão
Amor platônico, ou não
Com o tempo saberão
Do mar do meu coração
24-05-08
sexta-feira, 23 de maio de 2008
A misteriosa vizinha
Flaneur na savassi
A encantadora beleza das praças
Bob Marley - herói nacional
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Entre o futuro e o passado
Poesia e etc...
O amor não tem idade
Nem picão, nem sexo
Afrodites e Atenas
Invadem meu coração
Tornam a vida mais bela
Cheia de emoção
Não te assustes comigo
Despudorado, perdido
Buscando encontrar
Um coração e se apaixonar
21-05-08
quarta-feira, 21 de maio de 2008
A volta dos que iriam ficar
terça-feira, 20 de maio de 2008
Flanada diária em Santa Cruz
O dia D
Hoje será o Dia D. A bela moça do grupo de dança deve voltar. Devo tentar conquistá-la. Se ela não quiser tudo bem. Volto a piropar em BH. Pois é a piropagem em si meu conforto. Não a finalização da piropagem. Um beijo seria um céu. Mas não sei se conseguirei atingir esse objetivo. O tempo trará a resposta.
A volta para BH sozinho mostrará minha maturidade e ganharei a confiança de pessoas que desconfiam da minha sanidade mental. Amanha volta a chata rotina de um à toa em BH, sem poder sair de casa. Vamos ver depois da próxima sessão de psicanálise se melhora um pouco a vida.
Mais tarde escrevo sobre expectativas do dia. Fui...
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Poesia e etc ...
Como solucionar o amor?
O Dilema das paixões?
Inibidas, desencarnadas?
Tem que acontecer agora!
Culturalmente falando? Hoje abre?
Vai rolar algo?
Ou, como sempre, serei um mero espectador?
Poesia e etc...
Ser o desejo da minha paixão?
Segredos não existem
Nas teias da nossa paixão
Via de mão-dupla
Deve ser o amor
Se não me queres
Basta dizer uma vez não!
Poesia e etc...
Teu balancear me cativa
Teu olhar ainda mais
Não sei o que fazer nessa vida?!
Esperar? A resposta virá?
Nessa vida ordinária
Em que caminho
Como idiota
Sem cortes
Com tesão
Com ânimo
Com desejo
Com (re) inspiração
Transpiração, respiração
São os segredos do viver
19-05-2008
Tentativas em vão
Poesia e etc ...
De um sono profudo
de três meses atrás
acordei hoje sorrindo
e vendo que não adianta mais
Penso, logo desisto
Existo, logo penso
Desisto, logo insisto
Vou, logo estou
Espera...
Tentativas
erros
portugues
inutil
idiota
e fútil...
Poesia e etc ...
Pensei em fugir
Não deu certo
Pensei em sair
Saí
Continuou
a incomodar
um amor
a se tornar
musa de meus sonhos
nao quer me ver
nem mesmo conversar
mulheres de atenas
meu ouçam chorar
Não canso
nem descanso
enquanto aqui estiver
só ligo pra ponta do meu pé
Egoísta
Extremista
Mistura fina
de mesmice chata
Teatro
Mágica
Ondas
Magnéticas
Vou-me
Fui
Cansei
Fugi
de novo
Tchau
não
fico
não
sim
talvez
domingo, 18 de maio de 2008
Poeta Melancólico
Quem será?
Musa Inspiradora
Dos devaneios
poeta melancólico
Em busca da essência
O âmago do ser
O que move a alma
Amor/Dor
Saudade/Felicidade!
Memórias de um louco
Sei que aqui posso tudo, tornei-me nietszchiano. Sem nem ter lido direito Nietszche. Mas sei o que quero. E nada pode me parar. Só Ela. Logo vou tentar me entender com Ela, se ela não me quiser, passo para outras. Ou não. Pode ser invertida a sequencia também. O importante é escrever e estar feliz.
Espiritismo e etc...
sábado, 17 de maio de 2008
O amor não tira férias
Flaneur no centro
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Poesia e etc...
solto, apaixonado
Louco para amar
A lua o inspira
a musa o cativa
As palavras o fogem
Há espiões por toda parte
Ele se deleita na multidão!
Poesia e etc...
Assim é o tempo
Passa e nos disfarça
E ficamos ao fim
sós, separados
Mas o destino nos guarda
ótimas supresas
A noite é longa
E o dia é curto
O sol amanhã é nosso
A vida não se resumà noite em que te vi.
Vi e logo enrubesci
Sem palavras
sem versos
sem dizer
sem o que fazer!?
A linguagem da paz
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A prisão e a solidão
Até
Nardonis e Jatobas
ate a proxima
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Os prazeres da sauna
terça-feira, 13 de maio de 2008
Banheiros e a modernidade
O amanhecer e a aurora
segunda-feira, 12 de maio de 2008
A chance perdida
abrir fronteiras e dar sequencia nos nossos sonhos. Por enquanto é isso que eu quero no momento. Amar e ser amado! Aqui, na casa da minha avó, fiquei muito feliz. Acho que a vida aqui seria mais fácil. Menos consumismo, mais arte, mais poesia. Uma paisagem mais bela, um bairro mais aconchegante. Mas mudar-me para cá seria apenas uma fuga. Preciso sair é desse mundo, me desprender das amarras que criaram para mim. Tentarei fazer isso amanhã. Se der certo bem, se não;;;;
sábado, 10 de maio de 2008
Religião e etc - III
Fui ontem unm centro espírita chamdo Cáritas. Fiquei assustado. A palestra era sobre coisas boas. Compaixão, amor esperança. Mas eu estava inquieto. Algo não me deixava apenas prestar atençao e receber. Tive que fazer anotações. Meus pensamentos estavam rápidos como o Felipe Massa. Questionei muito. Fiz a questão essencial da minha existência. Se sou um ser feito para amar, com uma intelectualidade boa, pq não consigo viver com a razão. Espero que depois de oito semanas saia com essa questão respondida. Fiquei assustado. Especialmente quando cheguei em casa e o peso que segura minha porta não parava de ir de um lado para o outro balançando. Não havia vento. Outro fato inusitado. Quando sai meu celular, que normalmente demora um pouco para ligar, ligou rapidim. Ondas eletro-magnétiacas estão me cercando. Sinto calafrios agora. O melhor é aprender a lidar com elas. E com minhas psicoses e neuroses (se é que existiram).
Religião e etc - II
Fui num centro de umbanda essa semana. Nada de assustador. Ritos e cânticos. Não notei diferença nas pessoas incorporadas. Mas fiquei bastante atraído pelo preto velho que me mandou voltar 7 semanas. A preta velha falou 6. O preto velho mandou eu tomar uns banhos de ervas.
Falei dos meus problemas, dúvidas e inquietações. Dançei. Quis me abaixar. Me mandaram me levantar. Acho muito interessante o ritual como forma de compaixão, das pessoas se aproximarem e se amarem. Voltarei.
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Poesia e etc...
Seus olhos penetrantes
teu amor profundo
amigos ou irmãos
irmãos ou amantes?
No calor da espera
Me trazes a esperança
O amor vem contigo
Numa utopia incansável
As palpebras se fecham
No conforto do teu colo
Poderia meu coração
Amar-te de verdade?
Poesia e etc...
Penso nela
Quem será?
Musa inspiradora
dos devaneios
poeta melancólico
Em busca da essência
o âmago do ser
O que move a alma
[se é que ela existe?!]
amor/dor
saudade/felicidade
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Piropo
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A insustentável chatice da rotina
terça-feira, 6 de maio de 2008
O choro
nem por dor
nem por amor
Mas se quiser desabafar
chore incontidamente
Chore o que tens que chorar
Ame intensamente
Chore verdadeiramente
Se fodeu, amou
Quem tem deus se dá bem
Quem tem grana vive na paz
Quem não tem se vira malandro
O dinheiro não trás felicidade
Mas sim o AMOR
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Poesia e etc...
Tampada da humanidade
Por seus óculos de sol
Anciosa, certamente
Mas impecável na postura
Provavelmente nas alturas
Sem nem perceber o flaneur
Que flerta perdidamente
Apaixonado pela postura
Seus sentimentos
Insentimentais
Impávido Colosso
momento da fugacidade
O triste Adeus dos loucos
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Diários de um morto-vivo
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Remedios x loucura
Poesia e etc...
Comeu até seu último suspiro
Seria seu maior problema
Queria sentir a dor do mundo
Lamentar a fome da Somália
Sofrer a exclusão
Morrer de solidão
Nem com isso se importava
Talvez lutar pelo meio ambiente
E se lutasse contra a escravidão?
Não conhecia nenhum escravo
Gostaria de dar uma grande risada pensando na tristeza do mundo
Não era insensível o bastante
Cantaria pagode
Não seria tão ridículo
Sentia-se um paliativo
Era um fracasso mal sucedido
Não causaria incômodo
Preguiça de Ser
Nojo da palavra
Tédio da vida
Comeria.
Comer bem é a melhor vingança
Vingança do não Ser
Vingança da falta
Do excesso que não existe
Comeu até o último suspiro
Seria seu maior problema
terça-feira, 22 de abril de 2008
Quem é ela?
segunda-feira, 21 de abril de 2008
O problema dos loucos
Poesia e etc...
Hoje o poeta está animado
Seu coração está inspirado
Suas ventas se enchem de fumaça
Sua vida se esvai pelas mãos
Mas os amores estão distantes
A inspiração voltou a vida
Porém sem o grande amor
Será que ele existe?
Sera que está livre?
Será que será seu?
Será?
Ser...?
E agora João?
Fudeu..
fedeu..
se fu...
domingo, 20 de abril de 2008
Do sonho ao sono, ou tanto faz ao contrário - II
Triste poeta
Hoje acordou triste o poeta risonho
Não havia mais aquele amor
Fora extinta a chama?
Talvez sim, mas
Nessa separação o poeta sofre
Menos sofre internamente
Sofre o medo da falta de inspiração
Inspira e... ação!
para escrever
escreve
ve
ex?!...
Quem sou eu?
2) um historiador?
3) um poeta?
4) Um palhaço do circo sem futuro?
5) um poeta?
6) em amante a moda antiga alucinado?
7) um louco e a toa?
Poesia e etc...
o Tudo as vezes é o vazio
Vazio preenche nada
que não quer saber do tudo
O tudo é o infinito
Infinito enquanto dure
Mas o mistério da existência
Não está no tudo
nem no nada
Está no vazio da existência
terça-feira, 8 de abril de 2008
Do sono ao sonho
Agora vou almoçar para ver no que dá.
abraços
domingo, 6 de abril de 2008
Poesia e etc...
Vontade de te ter
loucuras pra te ver
a menten não pára de pensar
Na razão de tudo abortar
Coração bandido, banido
Privado de teu ser
Fica murcho, tolido
e mais triste o viver.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Solidão
Estranho.
Que sou eu?
De que matéria sou feito?
Amor?
Mas esse passa.
Paixão?
Essa ilude.
Coração.
Sábia opção
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Amor
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Religião e etc I
quinta-feira, 27 de março de 2008
GALO e etc....
quarta-feira, 26 de março de 2008
Seleção Brasileira - I
terça-feira, 25 de março de 2008
Diários do Rio de Janeiro - Parte semi-final
Diários do Rio de Janeiro
03/03/08
Dormi a viagem toda ao lado de um estranho. Embarquei na hora certa e demorei uns 30 min para dormir. Joguei 1 w11 e logo em seguida capotei. Acordei em JF e depois de perguntar para o estranho se estávamos em JF, prossegui a viagem roncando. Acordei logo antes da rodoviária do Rio. Lá chegando, procurei os caixas do BB e estavam todos fora do ar. Resultado: táxi de 35 até o aeroporto pra sacar grana, e em seguida ir para Santa Tereza. Consegui, depois do cara errar a rua, chegar no hostel, ou albergue, dizem que é a mesma coisa. Esperei por uma hora até o Darci resolver abrir a porta. Toquei umas cinco vezes, somente na última ele abriu. Enquanto esperava estreei meu cachimbo e joguei mais um W11. Cansei de esperar e toquei a campainha umas cinco vezes e ele resolveu acordar, eu acho.
Tomei um banho, pois o sol começava sair e estava ficando com calor. Já estava sem tênis há algum tempo, mas as calças e a camisa começavam a me incomodar. Depois do banho tomei um café com o Darci e fui direto para a ABLC. Dizia o Darci que era perto. Só pegar a rua tal e seguir, ia dar um jeito de chegar, pensei. Cheguei depois de muitas perguntas, e um PM fdp me fez subir um morro a toa, mas consegui chegar. Uns
FiqueI impressionado com a burocracia e a eficiência do Arquivo Público. Uma verdadeira aula de preservação e organização da memória coletiva. Quanto à pesquisa, foi numa boa, achei tudo que precisava e mais alguma coisa. Fiquei no arquivo até umas 16 hs, quando, cansadíssimo, resolvi ir embora para, finalmente, descansar um pouco.
Em Botafogo, vi uma cena pitoresca. Um sujeito meio velho meio novo, fazendo bananeias em frente de todo mundo. O velhinho estava muito feliz, mas aquilo não incomodava nem a ele nem a ninguém que passava pelo local.
Banho
ABLC fechada
Rumo a Botafogo
Metrô
Em Botafogo – o velhinho plantando bananeira
APERJ
Casa Rui Barbosa tem que marcar antes
Voltei
Cansado mas subi a escadaria e as ladeiras
Fotos dos documentos
Almoço – Bonde até o fim – Picanha e outros petiscos
Trabalho – Edição das fotos
RANGO – Carioca, estação do bonde. Peguei o bonde andando, literalmente. Amanhão pulo dele andando também. O rango foi uma peça de picanha, com fritas, corações e aipim frito. E uma bela lingüiça também, para acompanhar uma latinha de skol.
CALABAR – o elogio da traição. A traição como virtude. Não de forma alguma. Brecht e a pátria que precisa de heróis. O que seria a traição? Um simples ato de traição ou então algo impensado? Seria simplesmente abandonar o pai e a mãe e sair de casa ou não? Seria simplesmente o ato de imaginar que você deseja alguém intensamente ou simplesmente adorar uma pessoa? Isso realmente eu não sei nem nunca saberei. Infelizmente. Pois a vida é mais fácil e mais tranqüila para os felizes. Por isso a felicidade me persegue como uma andorinha que voa baixo. Baixo mas perto. Sempre perto, tentando me alcançar mas sem nunca chegar. A felicidade está sempre ao nosso redor. Não adianta tentarmos nos esconder dela. Isso é impossível. Ela sempre nos quer e nós queremos ela. Mas ela nunca chegará se nós não corrermos atrás. Ela só vem quando a gente quer. E a vida é mesmo isso. Chegadas e partidas. Idas e vindas. Mas continuamos sempre... Para frente, isso deve ser uma verdade. Mas andamos rumo ao incerto. Sem rumo, perdidos. Sem pais, sem mães, sem mulheres, homens, mulatos, negros, brancos amarelos. Andamos sem rumo, rumo ao infinto (permito o pleonasmo pois é impossível não comete-lo.) O fim da vida, ou das contas, é sempre o medo. A solidão. Mas sempre ficamos tristes com a possibilidade de partida. Dessa vida ou de outra. Nos ensinaram assim. Infelizmente temos que partir dessa para uma melhor. Ou pior. Ou não. Ou sim. A vida é sempre assim. Triste e contente. Dialética nos termos, mas prática na vida. Ela é assim pois fomos feitos para amar. Todos e uns aos outros, sem medo de sofrer e de magoar, sem medo de fazermos o que queremos sem ligarmos para os padrões e o que a sociedade nos informa. Isso é fato. Digo, mas não sei de nada. Sou apenas um aspirante a poeta como você, ou outra pessoa. Somos assim mesmo, sonhadores, ambiciosos, mas nunca conseguiremos tudo o que queremos. Vinicius. Esse será certamente o nome do meu filho. O primeiro de muitos. Tomara. A vida é assim. Feita de pais e filhos, feita de tensão, tesão. TESÂO. Isso é o que nós queremos. Isso é o que nos faz viver. Dinheiro para que? Podemos caminhar, pensar, cantar, tocar, não tocar, ou simplesmente ficarmos sós. Solidão é algo angustiante, não devo esconder de você. Mas infelizmente é somente sozinhos que resolvemos nossos problemas. Ninguém nunca poderá nos ajudar. Pois somos apenas um homem, ou uma mulher. Ou então somos tudo isso junto, ou separado, sei lá. Somos feitos do pó. Ao pó voltaremos. Tristes ou felizes? Depende de nós. Perdoe-me o chavão, mas é assim que a vida funciona. Se é que realmente sei algo dela, pois sou apenas um jovem. Um jovem como qualquer outro, mas que não sabe que rumo tomar. Por isso, digo-lhe faça o que tu queres, pois é tudo da lei. Depois disso, se morreres, meu caro leitor, se é que tu existes, seremos felizes. Aonde?Em qualquer lugar que não seja aqui. Onde estou, como estou, como faço as coisas. Mas isso são apenas devaneios de um pseudo-poeta, falso moralista, tentativa de professor, historiador de meia-tigela. Mas enfim, fazes o que queres e sejais felizes. Pois a felicidade é um dom que vêm de Jah, ou não. Pode vir de Deus. Por que?
Se deus existe ele mora dentro do seu coração. E é voe quem pode acha-lo, da forma que bem entender. Cada um diz o que pensa. Faz merda. Eu fiz até uma hoje. Literalmente. Mas a vida é mesmo duro. Resta-nos a escolha. Viver ou sofrer. Eu prefiro viver sendo feliz. Quando posso. Quando quero. Quando preciso. Quando não dá pra ser triste. A vida é um grande teatro em que todos somos atores. Atores da Divina Comédia Humana,
A sereia que ainda não achei. Lá embaixo? Será?
Filminho básico. Caçador de pipas! Muito bom.
O cachimbo e os fósforos ruins. O isqueiro não funciona nem a paulada! Merda. Comprei gato por lebre.
Bananas a noite, pra não ter câimbra amanha. Água, muita água e algumas baforadas.
Musica – Tom, Zeca Baleiro e Fagner.
TRABALHO. Leitura dos documentos. Achei o Jefferson Cardim. Foi preso
Quero dormir, vamos ver se consigo daqui a pouco...
Amanhã muito cordel na veia. Recebi a ótima notícia que vai rolar o Curso Livre mesmo. Demorou. Amanha, pra comemorar, muito cordel o dia inteiro, na veia, e também o evento de comemoração dos 90 anos da morte de Leandro Gomes de Barros. Comemorar não, melhor seria dizer celebrar.
Tomara que a ABLC abra suas portas amanhã cedo.
04/03/08
Acordei as 9 hs
Tomei café e já parti para a ABLC cedo.
Passei no hostel
Depois a BN.
16 hs em casa
Buteco do serginho
Cigarro picado ou a varejo?
Bate-papo com nativos do sta. Tereza
O rango com a sandra e sua amiga e o doidão
O papo e o interesse.
Vai rolar?
Centenário do Galo
O time, ainda não está na forma ideal, mas o Marques provou contra o Tupi que ainda é o cara do Galo.
Petkovic no Galo é um sonho, tomara que se torne um ídolo e entre em forma, resolvendo o problema do meio campo do Galo.
Se não for ele, será certamente o Rodrigo Tabata, que não é craque, mas um ótimo meia-armador. Desses que anda difícil encontrar no mercado
abraços alvinegros
segunda-feira, 24 de março de 2008
Diários de um Melancolico - Parte semi-final ao quadrado
Hoje estive no CLovis, meu psicanalista.
Ele disse que só posso sair de casa com minha mãe. Édipo na veia.
Tomei uma injeção agora que doeu um pouco, de um remédio que chama Aldol.
Acho q estou de alta da Clinica Psiquiatrica, mas ainda estou um pouco louco. Ou gênio. Na verdade poeta vagabundo.
Mais tarde descrevo mais das minhas emoções para vocês, caros leitores.
Abraços apertados no coração de vocês.
domingo, 23 de março de 2008
Futebol e etc I- V
sábado, 22 de março de 2008
NBA e etc I
Ontem tive a oportunidade de assistir ao jogo do Denver x Nets. Uma pena o Nene ainda nao ter voltado as quadras, mas logo voltara, com a força que mandamos energias positivas. Fica aqui minha torcida. Quanto ao jogo o Denver ganhou com atuação destacada da Dupla Iverson-Carmelo Antony. No lado dos Nets, destaque para Vince Cater com mais uma atuação fantástica.
Depois analiso com mais calma q vou tomar cafe.
ate a proxima
sexta-feira, 21 de março de 2008
Utopias de um beato qualquer
A trajetória pública do beato começa na década de 1890, quando se tornou discípulo do Pe. Cícero Romão Batista e, com o seu auxílio, fundou uma comunidade no sítio Baixa D’Antas, próximo à Crato, no Vale do Cariri. Ali permaneceria até o ano de 1926, quando é forçado a abandonar a propriedade e rumar para outro sítio, conhecido como Caldeirão dos Jesuítas. Lá Zé Lourenço organizaria outro grupo, que seria duramente perseguido pelas autoridades policiais nos anos de 1936 e 1937. Nesse ano foi obrigado a deixar o sítio do Caldeirão e se dirigiu para Exu, cidade vizinha no estado de Pernambuco. Organizou ali uma outra comunidade, de menor visibilidade, seguindo os mesmos princípios das de Baixa D’Antas e do Caldeirão. Viria a falecer no ano de 1946. Ao longo de toda sua trajetória, o beato José Lourenço parece ter encarnado, através do trabalho disciplinado com a terra, o desejo e a esperança dos sertanejos por uma vida mais justa ou menos desigual. Suas comunidades forneciam, portanto, uma outra possibilidade de vida, em que a fartura e a abundância substituíam a penúria e a seca dos sertões nordestinos.
A rigor, as fontes que permitem resgatar a trajetória de José Lourenço podem ser divididas em dois conjuntos: um primeiro - compreendendo reportagens de jornal e um relatório policial compilado em livro - traduz uma visão oficial sobre o beato, no mais das vezes endossando a idéia de fanatismo. O segundo conjunto de fontes - formado por entrevistas de contemporâneos e ex-moradores das comunidades lideradas pelo beato, folhetos de literatura de cordel, um romance, e duas peças de teatro -, permite acessar a forma como o imaginário popular construiu a personagem de José Lourenço.
Todavia, identificou-se que ambos os conjuntos documentais privilegiam um momento específico da trajetória de Zé Lourenço: a comunidade do Caldeirão. Assim, esta pesquisa buscou um deslocamento de olhar, visando recuperar a passagem do beato de sua vida privada para o mundo público. Tornou-se, portanto, necessário traçar um relato biográfico de José Lourenço focando especialmente o momento em que ele ascendeu à vida pública, através da comunidade de Baixa D’Antas.
Rumo a Juazeiro
José Lourenço Gomes da Silva, o futuro beato Zé Lourenço, nasce em Pilões de Dentro, na Paraíba, para alguns em 1870, para outros em 1872. 3 Filho de Lourenço Gomes da Silva e Tereza Maria da Conceição – negros alforriados -, ele aprendera desde cedo com seus pais o trabalho com a terra e com o gado. Por volta de 1886, o ainda jovem Lourenço fugiria de casa, com medo de uma surra que o pai lhe prometera. Segundo depoimento de João da Silva, que conviveu durante muito tempo com Zé Lourenço, assim se dera o fato:“Porque o pai dele (José Lourenço) era muito grosseiro com ele. Era desses véi carrasco. (...) Aí um dia ele chegou em casa. Só porque ele foi na casa de uma pessoa conhecida de lá. Aí acontece que o irmão dele disse assim: Zé, teu pai vai te dar uma surra de matar, pois ele soube que você foi pra casa de fulano (...) Aí ele saiu. Passou foi tempo fora de casa (...)”4
A severa pedagogia do cipó e do marmelo utilizada pelo pai incomodara Zé Lourenço, e ele decidira tomar seus rumos próprios. Aparentemente, seu primeiro destino após sair de casa foi a região de Serraria, no mesmo estado da Paraíba. Ali permaneceria durante um tempo trabalhando como vaqueiro, amansando cavalos, jumentos e burros. As condições de trabalho não eram as melhores, mas José Lourenço conseguia se manter. Segundo João da Silva: “Aí, ele, lá mesmo onde ele trabalhava, ganhou dinheiro. Comprou um cavalo muito bom, bem arreiado. Aí roupas boas, ternos bons...”5.
Alguns anos mais tarde ele resolveria voltar a Pilões de Dentro para rever seus familiares. Lá chegando não os encontrou e teve notícia de que haviam partido rumo à Juazeiro do Norte, no Ceará. Assim como milhares de nordestinos, seus pais tinham seguido em romaria, buscando a benção do Padre Cícero. Com efeito, após os supostos milagres ocorridos naquela região no ano de 1889, ela se transformou em uma espécie de Meca sertaneja. A hóstia que teria se transformado em sangue na boca da beata Maria de Araújo era vista como um sinal divino. Milhares de desvalidos, doentes e flagelados acorreram, assim, para Juazeiro, acreditando que ali se faria a redenção; e a benção do Padim Ciço lhes daria a salvação eterna. 6
José Lourenço, determinado a reencontrar sua família, juntou-se a um grupo de romeiros que partia de Pilões de Dentro. Durante a viagem, à noite, incomodava-se com os benditos cantados pelos romeiros: “Ele achava aquilo muito esquisito. Porque ele num tinha costume, negócio de bendito, essas coisas assim. Ele num tinha costume”7. Chegando em Juazeiro, logo separa-se dos romeiros e vai à procura de sua família. Sem grandes dificuldades consegue encontrar a casa onde seus pais moravam.
A chegada em Juazeiro do Norte, por volta do ano de 1890, daria novos rumos à trajetória do jovem Lourenço. Encontrara uma cidade em rebuliço, o misticismo e a religiosidade popular fervilhavam através da figura do Pe. Cícero Romão. Em pouco tempo Lourenço fez amizade com um grupo de beatos. “Aí o pai achava ruim. Pensava que ele andava por ambiente, não sabe? Os ambiente ruim”.8 Contrariando a vontade do pai, José Lourenço tornou-se beato. Isso significava, à época, a opção por um modo de vida simples, pautado pelos princípios da religiosidade popular. Além disso, o beato “veste-se à maneira de um frade: uma batina de algodão tinto de preto, uma cruz às costas, um cordão de S. Francisco amarrado à cintura (...)”.9
Ao assumir a condição de beato, José Lourenço tornou-se celibatário e passou a viver de esmolas e caridades. Além disso, em pouco tempo ingressou também em uma ordem de penitentes. Esses se reuniam à noite - em capelas, cruzeiros, cemitérios ou em cruzes de estrada – e praticavam rituais de auto-flagelação como forma de purificação do espírito. Imbuído do espírito religioso de Juazeiro, em pouco tempo José Lourenço tornou-se um discípulo do Pe. Cícero. O poeta Abrãao Batista, em seu folheto de cordel História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho, recria como teria se dado o encontro entre José Lourenço e o Pe. Cícero:
“Padre Cícero disse assim
há muito que o esperava
você vem pra essa terra
ajudar-me nessa lavra
e cuidar do meu povinho
que a ignorância entrava
(...)
Padre Cícero deu-lhe aí
ajoelhado, uma cruz
dizendo: José Lourenço
só volte aqui com Jesus
vá descontar as maldades
Pra achar a eterna luz”10
A formação do beato
Em pouco tempo a experiência de vida em Juazeiro do Norte operara uma transformação em José Lourenço. Não era mais aquele jovem rebelde, que fugira de casa com medo do pai. Nem mesmo aquele homem que se irritara com os cantos dos romeiros que lhe ajudavam a achar sua família. Seu coração fora tocado pelo clima religioso da cidade. Tornara-se o beato Zé Lourenço, discípulo do Pe. Cícero, e passou a mover-se não mais em função de seus interesses, mas pelos ideais de caridade e piedade. Seu mestre, o Padim Ciço, o aconselhara a ocultar-se em penitências para purificar-se. Assim o beato Lourenço fez. Não se sabe ao certo quantos anos ele permaneceu oculto. 11 Segundo o poema A Santa Cruz do Deserto, de José Bernardo Batista, o beato “se retirou de repente/ Internou-se nas montanhas/ Foi viver ocultamente/ Fazer orações/ Na vida de penitente/ (...) Assim passou muitos anos/ Pelos bosques internado/ Até quando meu padrinho/ Mandou a ele um recado (...)”12Pe. Cícero percebera, no convívio com José Lourenço, sua capacidade de liderança e sua vocação no trato com a terra. Aconselha, então, o beato a largar a penitência oculta e voltar a trabalhar nas roças. Em seu poema, Abrãao Batista recria o diálogo entre o Padim e o beato:
“Ele disse pra Zé Lourenço:
não quero mais você assim
lhe afirmo com clareza
e responda pra mim
a penitência é oculta
e hoje ponha-a no fim
Eu pergunto se as árvores
Com você elas aprendem?
José Lourenço disse: não
Não aprendem nem entendem
- E as árvores do céu amiguinho?
- Não senhor, nem se ofendem
Eu pergunto José Lourenço
Se alguma cousa ensinou
Aos bichinhos daqueles matos
E se com as pedras falou?
Zé Lourenço disse: Padrinho
São tão mudas como estou.
Então meu caro amiguinho
Não o quero dessa maneira
Você vem pros seus irmãos
Ensinar aqui na feira
Vai morar em Baixa Danta
Orientar a cabroeira”13
Seja seguindo os conselhos de Pe. Cícero seja por decisão própria, o fato é que por volta do ano de 1895 o beato Lourenço larga as penitências ocultas e retorna a Juazeiro. Mas tanto o beato quanto sua família não se adaptaram à vida naquela cidade. Haviam sido criados nas fazendas, trabalhando com a terra e cuidando do gado, e não se acostumavam à vida urbana de Juazeiro. Com a ajuda do seu Padim, o beato consegue arrendar uma porção de terras de um sítio chamado Baixa D’Antas, próximo à Crato, cidade vizinha de Juazeiro. Parte, então, para Baixa D’Antas acompanhado de sua família e de um grupo de trabalhadores rurais. Segundo depoimento de Marina Gurgel, que morou no sítio do Caldeirão, Pe. Cícero teria aconselhado Zé Lourenço:
“José, eu vou lhe botar num sítio pra você trabalhar, porque tá me chegando muita gente, muita gente pode ficar aqui na cidade, gente de negócio, mas esse povo da agricultura, é tudo que tem em dia pra a agricultura. Então eu vou lhe botar em Baixa D’Anta. Você vai trabalhar e todo o povo que chegar para a agricultura eu mando para lá”.14
A comunidade de Baixa D´Antas
O terreno em Baixa D’Antas, para onde o beato se dirigia, era até então uma terra “árida e encapoeirada”15, improdutiva, típica da caatinga dos sertões. Lá chegando, Zé Lourenço tratou de organizar os trabalhadores que haviam o seguido para tornar a terra produtiva. Surgia assim, em Baixa D’Antas, a primeira comunidade liderada por José Lourenço, que se manteria até o ano de 1926. Em pouco tempo, através do trabalho coletivo e disciplinado, a aridez de Baixa D’Antas transformava-se em um “belo pomar, otejando (sic) em pleno desenvolvimento, plantados alguns milhares de laranjeiras, mangueiras, jaqueiras, limeiras, coqueiros, limoeiros, abacateiros, mamoeiros, bananeiras e cafeeiros, ao lado de uma bem cuidada cultura de algodão, cereais e de outras diferentes qualidades de plantas e hortaliças”.16José Lourenço destacava-se na liderança da comunidade. Não apenas pelas habilidades que tinha no trabalho com a terra, mas também como guia espiritual. O beato ia periodicamente à Juazeiro e mantinha uma relação próxima com o Pe. Cícero. Os moradores de Baixa D’Antas passaram a vê-lo como um conselheiro. Transformara-se no “padrinho Lourenço”. Seu espírito caridoso atraia cada vez mais romeiros que chegavam a Juazeiro buscando a benção do Pe. Cícero. Em Baixa D’Antas não havia propriedade, todos trabalhavam e todos colhiam os frutos. Segundo depoimento de um contemporâneo, lá “juntou um batalhão de 2000 pessoas. Aí trabalhava muito homem trabalhador. Dava de comer ao povo e fazia as orações deles (...)”17. Não havia critérios para fazer parte da comunidade de Baixa D’Antas, bastava que se estivesse disposto a levar uma vida pautada pela fé e pelo trabalho.
O sítio prosperou com relativa tranqüilidade até o ano de 1914. Nesse ano Juazeiro do Norte virou palco de uma batalha entre tropas enviadas pelo governador Franco Rabelo e jagunços liderados por Floro Bartolomeu. O conflito ficou conhecido como Sedição de Juazeiro ou Guerra de 1914.18 Pe. Cícero, importante aliado político de Floro Bartolomeu, convocava seus fiéis para a defesa de Juazeiro. José Lourenço também foi para essa região durante o conflito, mas não se envolveu diretamente com os combates. Como em Baixa D’Antas havia fartura, o beato limitou-se a fornecer alimentos aos jagunços que lutavam em nome de Floro Bartolomeu e Pe. Cícero.
As tropas rabelistas foram derrotadas em Juazeiro, mas não deixariam de fazer estragos nas redondezas. O sítio Baixa D’Antas, enquanto o beato se encontrava em Juazeiro, foi invadido. As benfeitorias que permitiam a fartura da comunidade foram destruídas. As casas foram incendiadas. As atrocidades cometidas mantiveram-se vivas na memória de Antônio Inácio da Silva, seguidor do beato:
“o velho [Bernardino] ia saindo com duas crianças escondidas num balaio. Por que matavam tudo. E viu de longe sua filha ser cortada no meio, de duas bandas. O velho não podia fazer nada. Viu a filha ser cortada de longe e fugiu com os dois netos. O fogo foi grande. Na Baixa Dantas a folha de marmeleiro ficou tostada”.19
Zé Lourenço retornaria a Baixa D’Antas após o fim dos combates e não se abalaria com a destruição encontrada. Reorganizou a comunidade e, em pouco tempo, a fartura voltou a reinar no local. Fartura essa que transformou o beato em uma figura pública. Os coronéis da região se incomodavam com a comunidade liderada por José Lourenço. Isso porque Baixa D’Antas passou a atrair a mão-de-obra que antes se dirigia aos latifúndios. Começaria então uma campanha para diminuir o prestígio de José Lourenço, e as acusações de fanatismo e fetichismo não tardariam a tomar as páginas da imprensa cearense.
Boi Mansinho
Na década de 1920, um episódio traduziria de forma especial essa campanha desencadeada contra Zé Lourenço: a história do Boi Mansinho. Tudo começou quando, por volta do ano de 1900, Pe. Cícero recebeu de presente, do industrial alagoano Delmiro Gouveia, um boi da raça zebu. Não tendo onde criar o animal, e demonstrando confiança em seu discípulo, ele deixa o boi sob os cuidados do beato Zé Lourenço. Pelo seu temperamento calmo, logo ele passa a ser chamado Mansinho. Como se tratava de um “presente” do Padim Ciço, os moradores de Baixa D’Antas tratavam com grande apreço o animal. Além disso, por ser um gado de raça, em pouco tempo Mansinho, usado como reprodutor, melhoraria o rebanho local, até então formado apenas por gado “pé-duro”, ou seja, um gado resistente, mas de pouca categoria para a produção de leite e carne.Depois da Sedição de Juazeiro, os adversários políticos de Floro Bartolomeu e do Pe. Cícero se aproveitaram de um boato surgido em torno do boi Mansinho para divulgar a idéia de que José Lourenço e seus seguidores eram fanáticos e adoravam o animal como um santo.20 Circulou a notícia de que os moradores de Baixa D’Antas consideravam o Boi Mansinho como milagreiro, utilizavam sua urina na cura de doenças e raspas de seu casco como amuleto. O bispado de Crato, incomodado com a influência desse padre na região, ajudou a propagar essa idéia e passou a pressionar Floro para dar fim àquele “antro de fanáticos”. Novamente, como na Sedição de Juazeiro, uma disputa política alheia à comunidade de Baixa D’Antas, interferiria na trajetória de José Lourenço. Ele passou a ser o principal acusado de estimular o fetichismo em torno do “Boi Santo”.
Chega à Baixa D’Antas, em 1923, a notícia de que Floro Bartolomeu mandaria prender o beato. Esse resolve, então, apresentar-se voluntariamente ao político. Na peça de teatro A Irmandade da Santa Cruz do Deserto, Oswald Barroso recria, satiricamente, o encontro entre os dois:
“BEATO: Dr. Floro, pronto Dr. Floro, aqui estou.
FLORO: Com quem é, homem, que eu estou falando?
BEATO: O senhor está falando com o Beato José Lourenço, da Baixa D’Anta, preto, alto, desilustre, incapaz de estar diante de vossa presença.
FLORO: Mas homem, com quem é mesmo que eu estou falando?
BEATO: O senhor está falando com o Beato José Lourenço, da Baixa D’Anta, preto, alto, desilustre, incapaz de estar diante de vossa presença.
FLORO: Com quem é, homem, que eu estou falando?
BEATO: Com o Beato José Lourenço, alto, preto e desilsutre, incapaz de estar na vossa presença!
FLORO: Pois, negro, você está preso!”21
De fato, ao apresentar-se a Floro Bartolomeu o beato é preso. Não bastasse a prisão sem um crime que a justificasse, Floro ainda mandaria matar o Boi Mansinho em frente à prisão. A carne do animal foi oferecida ao beato José Lourenço, que se recusou a comê-la. Ele teria passado “pra sete, oito dias, nove dias, dez dias e descambou, foi para dezessete dias...! Sem comer...! O soldado era quem comia. (...)”22
Em discurso na Câmara Federal, no dia 13 de setembro de 1923, Floro Bartolomeu deixaria registrada sua versão dos fatos:
“Depois das perseguições religiosas ao Padre Cícero, começaram a fazer circular que Zé Lourenço, não tendo mais vida de penitente, abusava da crendice do povo, apresentando o ‘touro como autor de milagres’.
Então se dizia que a urina do animal era por ele distribuída como eficaz medicamento para tôdas as moléstias; que dos seus cascos eram extraídos fragmentos para, em pequenos saquinhos, serem pendurados no pescoço, como relíquias, à moda do Santo Lenho; que todos se ajoelhavam em adoração diante do touro e lhe davam de beber mingaus e papas; enfim, tudo quanto uma alma perversa possa conceber.
Quando se procurava apurar a verdade, ninguém sabia informar, a começar pelos proprietários do sítio onde Zé Lourenço residia e trabalhava como rendeiro.
Os padres, não sei sob que fundamento, repetiam essas banalidades.
(...)
Não sei quem informou o mesmo Zé Lourenço de que eu ia mandar prendê-lo.
O negro, supondo exata a notícia, no terceiro dia apareceu em minha residência. Foi quando o conheci pessoalmente.
Mandei prendê-lo, e, apesar das suas declarações, dêle obtive a promessa de ir morar no Juazeiro, para evitar os boatos.
Ao mesmo tempo fiz vir o touro e, de acordo com o Padre, vendi-o para corte, sob a condição de ser abatido em frente à cadeia.
Ao chegar a notícia do Crato, de que Zé Lourenço não mais voltaria ao sítio Baixa Danta, indo fixar residência no Juàzeiro, recebi diversos telegramas, cartas e visitas de homens respeitáveis da cidade vizinha, empenhando-se para que eu não retirasse Zé Lourenço do seu sítio, tal a falta que êle fazia aos proprietários, pelo auxílio que lhes prestava nos trabalhos de agricultura, e em outros préstimos.
(...)
Consenti na volta do negro ao seu sítio, e assim terminou a história ‘das mil e uma noites’ do touro Mansinho” 23
Em meio às disputas políticas de Floro Bartolomeu, ou à desavença religiosa entre o Pe. Ciçero e o Bispado de Crato, José Lourenço tornara-se o bode expiatório. Na realidade, com a prisão de Zé Lourenço e a morte do Boi, Floro buscava desfazer a imagem de que era um deputado defensor de “fanáticos e cangaceiros”. Somente após a interseção do Pe. Cícero e de algumas figuras notáveis de Crato, o beato é solto e retorna a Baixa D’Antas. Nas memórias daqueles que conviveram com José Lourenço, restou a indignação quanto ao episódio:
“Vi no dia em que Doutor Floro mandou matar o boi. Obrigaram o pobre negro a ficar na grade olhando. Quando disseram ‘vamos matar o boi’, deram uma pancada na cabeça, aí eu corri, não quis vê mais, mas que muita gente não quis comer a carne do boi. Eles estavam dando, mas ninguém queria. “É do boi de Zé Lourenço, eu não quero.”24
Mas José Lourenço não guardaria ressentimentos de Floro Bartolomeu. Dizem mesmo que, à época em que esteve preso, ficou amigo do político, passando, depois de solto, a almoçar na casa dele quando ia à Juazeiro.
O início do Caldeirão
De volta à Baixa D’Antas o beato encontraria parte de suas lavouras destruídas, pois haviam soltado uma boiada na roça.“Aí ele coçou a cabeça. Aí pensou assim: vou procurar me indenizar com meus esforços. Vou trabalhar de novo. Aí começou a trabalhar. De novo trabalhou, trabalhou. Num tava do mesmo jeito, o terreno lá, muita coisa (...)”25
Todavia, seus esforços de reerguer a comunidade seriam interrompidos em 1926. Nesse ano, João de Brito, proprietário do sítio arrendado pelo beato, resolvera vender sua propriedade. O comprador não aceitara a permanência da comunidade naquela porção de terras. Sem resistir, o beato, acompanhado de seus seguidores, rumou, então, para Juazeiro do Norte.
Reconhecendo a importância da experiência liderada por José Lourenço, o Pe. Cícero o autoriza a se assentar em outro sítio próximo a Crato, que seria de sua propriedade, conhecido como o Caldeirão dos Jesuítas.
Ali, o beato iniciaria uma nova aventura, através da comunidade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, que teria repercussões nacionais e o levaria àquelas páginas do Jornal do Brasil.
1 - Jornal do Brasil, 01/02/1981.
2 - Jornal do Brasil, 13/03/1982.
3 - Não foi possível encontrar documentos que comprovem a data exata de nascimento de José Lourenço.
4 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
5 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
6 - Sobre os milagres de Juazeiro ver: DELLA CLAVA. Milagre em Joazeiro.
7 - Depoimento de João da Silva, contemporâneo do beato. In: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
8 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.40.
9 - MONTENEGRO. Fanáticos e Cangaçeiros. p.26
10 - BATISTA. História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho. p.2.
11 - Não há fontes que indiquem com precisão quantos anos o beato ficou oculto em suas penitências.
12 - Apud: ALVES. A Santa Cruz do Deserto. p.72
13 - BATISTA. História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho. pp. 3-4.
14 - Apud: ALVES. A Santa Cruz do Deserto. p.71
15 - O Povo, 07/06/1934.
16 - O Povo, 07/06/1934.
17 - Depoimento de José Honório, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p.27.
18 - Sobre a sedição de Juazeiro ver: FACÓ. Cangaçeiros e Fanáticos.
19 - Apud: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p. 28.
20 - Esse boato, do qual não foi possível encontrar comprovação, dizia que um trabalhador rural, ao pagar uma promessa, oferecera capim roubado ao boi Mansinho, que se recusara a comê-lo.
21 - BARROSO. A Irmandade da Santa Cruz do Deserto. pp. 26-27. Essa versão do encontro entre Zé Lourenço e Floro Bartolomeu é semelhante à descrita por alguns ex-moradores do Caldeirão. Ver: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder.
22 - Depoimento de Henrique Ferreira, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p.30.
23 - Apud: MACEDO. Floro Bartolomeu – o caudilho dos beatos e cangaçeiros. pp.50-52.
24 - Depoimento de José Pajeú Filho, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p. 96.
25 - Depoimento de João da Silva, contemporâneo do beato. Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p. 47.