segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Remedios

Acho que atualmente posso falar um pouco a respeito de medicamentos. Durante esse ano travei batalhas homéricas com esses tais remédios. Recebi de tudo um pouco, anti-depressivos, ansiolíticos, controladores de humos, anti-psicóticos, e mais uma porrada de outros sossega-leão que não sei bem descrever. No início me revoltava contra esses remédios, propugnando aos quatro cantos minha lucidez. Tomar aqueles remédios me fazia crer que as pessoas acreditavam que eu estava louco. O que tinha uma grande dose de verdade. Mas eu acreditava na minha verdade e me apegava cada vez mais às minhas fantasias. É difícil saber distinguir quando nossas fantasias rompem as teias da realidade. Pelo menos no estado em que me encontrava me parecia impossível ter esse nível de discernimento. Mas eu precisava eleger meus inimigos e nada mais lógico do que eleger os remédios. Quem passa o olho por uma bula daquelas pode ter certeza que não vai querer chegar nem perto deles. Além disso tinham os terríveis efeitos colaterais. Um dia não conseguia por a língua para dentro da boca. Era como se ela tivesse anestesiada e não respondesse aos meus comandos. Parecia que eu falava demais e minha língua estivesse tentando me censurar. Todos me olhavam estupefatos: "Ponha essa língua para dentro da boca! Como assim não consegue?". Pouco tempo depois desse episódio achei que minhas palavras estavam me auto-incriminando. Passei então a estar decidido a não mais abrir minha boca. Não conseguia, ela estava travada. Uma situação extremamente terrível. Quando se quer falar e não se consegue. Depois fui saber que era um efeito colateral, e havia um outro remédio para combater esse efeito. Mais uma vez drogas e mais drogas no sangue. É um absurdo o tanto que me doparam. Talvez por isso eu tenha passado por uma outra fase em que precisei de outros remédios para sair dela. Dessa vez fui tomado por uma depressão, uma imensa vontade de acabar com tudo, me despedir desse mundo cão. Daí novamente me encheram de drogas, dessa vez em doses homeopáticas. Dessa vez o medo era de voltar a fase de surtos. O engraçado é que nunca me perguntavam. Acho que é porque eles já sabiam a resposta. Dessa vez achei que as drogas não funcionavam. Nada mudava e os dias passavam tediosos, eu emimesmado e o mundo vazio de sentido. Fico me perguntando então qual a função dos remédios. Pois na hora de podar minha criatividade e me domar eles faziam muito efeito, mas na hora de me reinspirar e trazer novamente a beleza da vida eles simplesmente pareciam inúteis. Remédios não resolvem os problemas. Eles camuflam e tapam o sol com a peneira. Servem somente para curar os sintomas e não os males. Espero que minhas relações com os remédios sejam mais amenas e que possa dar conta de seguir sem a ajuda deles... São muletas muito pesadas para alguém muito jovem como eu. Espero conseguir andar com minhas próprias pernas.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Poesia e etc...

A volta do poeta

O poeta voltou
sentiu o mundo
e este bem lhe recebeu
Sentiu as dores
E não se abalou

Sentiu que deve voltar
E o mundo se reanimar
E os amores despertarem
E tudo se colorir

Sentia uma imensa saudade
Das coisas que tinha sido privado
E queria voltar e se reanimar
E sabia que tudo estaria lá

Restava seu gosto
Restava a emoção
Incontida
em seu rosto

quinta-feira, 26 de junho de 2008

FUTEBOL e etc ...

Acabo de assistir a um belo jogo da segunda semi-final da UEFA Euro 2008. O jogo foi entre Rússia e Espanha. O surpreendente time da Rússia acabou acuado pelo show tático da Espanha. No primeiro tempo muita marcação. No segundo uma coincidência mudaria a história do jogo. David Villa sentiu e o jovem Fabregas entrou para brilhar e mostrar que merece seu lugar no time principal. O show da Espanha começou em seu sistema defensivo que conseguiu imobilizar o grande criador das jogas russas, Arshabin. O time russo, sem conseguir contar com esse jogador extremamente bem marcado ora por Marcos Sena, ora por Xabi Hernandes, mostrou-se fraco e apático. Abusou dos toques errados e da falta de criatividade. Já a Espanha mostrou no segundo tempo o bom futebol que a levara às semi-finais. Jogou muita bola, mostrando um belo esquema tático que, mesmo com apenas um atacante, não deixou de ser ofensivo. No primeiro gol, após jogada de Iniesta, Xavi entrou como elemento surpresa e marcou. No segundo, após brilhante passe de Fabregas, Guiza, que entrou no lugar de F. Torres, mostrou faro de gol, tirando belamente do goleiro. A Rússia abalou-se com os gols e continuou sem conseguir criar. No terceiro gol novo passe de Fabregas e Silva mostrou que não sabe só correr e finalizou bem. Um show de bola da Espanha, e méritos para seu treinador, que mostrou conhecer bem o adversário e deu um show a parte. Parabéns para os espanhóis. Aguardo anciosamente a final entre Alemanha e Espanha no domingo. Vai ser o jogo do ano. A técnica espanhola contra a raça alemã. Quem viver verá.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Poesia e etc...

Poema do desassossego

Sinto-me perturbado
Sem sossego
em meu próprio lar
A casa parece ter caido

Meus ombros não conseguem suportar
Todo esse peso que você me dá
Não consigo quietar
Nem ao menos descansar

Acordo e vejo
que voce ainda está
Não consigo me libertar
Desse desejo a passar

Não sei mais o que fazer
Como pedir para você parar
Invade minha vida
sem pedir licença

Toma meus documentos
Rouba minha vida
Não me devolve nem amor
Que coisa mais sem pudor

Deixe-me em paz
Para que eu possa viver
estudar e ler
sem a sua companhia

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Poesia e etc...

Liberdade

Liberda é poder fazer
Tudo o que se querer
É poder voar
nas asas da imaginação

É a cerveja tomada
a cada gole que embriaga
Cada fumaça tragada
Num prazer sem fim

É não ter remédios
Maiores que o mundo
É amar sem fim
Sonhos que não tem fim

É saber-se dono de si
É saber que o mundo não acaba
onde nossa vista se turva
É rio de lágrimas

É fazer o que se quer
Quando se quer
Por que se quer
Na hora que quiser

terça-feira, 17 de junho de 2008

Poesia e etc...

(In) existência

Penso, logo desisto
Penso, mas insisto
No existir, no ser
Na alma, no viver

Penso, logo existo
Insisto e logo desisto
De pensar, de sentir
Do viver, do sorrir

Do não-ser ao existir
Só me resta rir
E ao sair, sem pensar
A ausência do que falar

domingo, 15 de junho de 2008

FUTEBOL e etc ...

Hoje tive o imenso desprazer de assistir a uma bela e merecida vitória do Paraguai sobre o Brasil. 2 a 0 e diga-se de passagem o treinador paraguaio deu um show fora do campo sobre o nosso Dunga. Primeiro, o Paraguai mostrou que iria para cima e entrou com três atacantes. O Dunga, em troco, escalou um time ridiculamente defensivo com três voltantes. Era tudo que eles precisavam: espaço para poder tocar a bola. No primeiro tempo foi um jogo morno, tirante o gol dos donos da casa, num incrível apagão da defesa brasileira. No segundo tempo, ouvindo os anseios do país, o treinador brasileiro lançou Anderson no lugar de Josué. O Paraguai ainda teve um jogador expulso. Mas o time brasileiro, jogando abaixo da linha da mediocridade, não conseguia transformar posse de bola em gols. Mesmo com a entrada de Adriano, no Mineiro, e depois de Julio Batista, na vaga de Diego. Pouca efetividade do time do Brasil, que parecia desinteressado do jogo. Enquanto isso o "gordinho" Cabanhas comandava o Paraguai, fazendo o segundo gol. Foi uma festa para os paraguaios, que merecem, e um sinal de alerta na Era Dunga. Ou bota o time para jogar como se deve no futebol atual, com ofensividade, ou então chama o adversário e leva os gols. Derrota que ensina mais que qualquer vitória. É preciso partir para cima dos adversários. Assim é na vida também. Boas festas para os paraguaios, que aproveitem a boa fase do time. Boas festas comandadas pelo Cabanhas!

sábado, 14 de junho de 2008

Cansado dessa baboseira

Sinceramente cansei. Podem acreditar. Me deixem ficar sozinho com a musica original. E ponto final. Não quero mais a companhia de ninguém. Deixem o Rage tocar sozinho. Não preciso de voces. Mas preciso da música. Para conseguir domir sozinho. Saiam de uma vez da minha vida para o pior não acontecer. Cansei mesmo. Acabou o teatro. Acabou a vida que ainda tinha em mim. Acabou tudo.

Heterônimos nascem de mim

Hoje, aprisionado em meu ser, vi nascerem de mim quatro heterônimos. Segui o exemplo de Fernando Pessoa e resolvi fantasiar sobre minhas inspirações. Eles vão ter vida própria e vão se manifestar livremente. São as diferentes facetas de meu ser que, daqui para a frente, vão assinar minhas poesias. A poesia será feita por eles e não mais por mim. Cada um trará um pedaço de mim, mas vão ter viad e biografia próprias. Não são mais que meus traumas e dores do mundo se personificando. Mas certamente não são Eu. São Eles próprios, que passarão a trilhar seus próprios rumos. Não quero esquivar-me, pois algumas peosias eu mesmo as assinarei. Mas quando eles quiserem se manifestar, o farão sem que eu os contenha. Quando terminar de descobrir as suas biografias, as colocarei aqui, para que possam conhece-los. Daqui para frente não há mais um único Eu. Explodi-me em quatro, por enquanto.

Poesia e etc...

O sono

Dormi

Quase três dias

Sobrevivi

Revivi

Recriei

O meu mundo

A minha música

O Meu ser.

Renasce

Ganha as asas

Tão sonhadas

O mundo

Continua o mesmo

Cruel e sórdido

Na minha espera

E nessa cansço

Do mundo

Dos atores

Do viver

E do ser

Recrio minhas várias pessoas

Revivo meus velhos amores

E sigo perseguindo

O Novo

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Poesia e etc...

O peso do viver

Tranformaçõs no mundo
agitam meu ser
será tudo verdade?
Ou um sonho direcionado para mim?

Verdade ou ilusão
seguirei o meu caminho
Ouvindo meu coração
Me embriagando sozinho

Alimentando a fantasia
que brota desse ser
imperfeito, anti-humano
mas amante do mundo

Aparências ou verdades
não me importa mais
somente me dominar
e a noite chegar

Caindo sobre meus ombros
Diminuindo o peso
da existência, do ser
do exemplo, do líder

Peso e responsabilidade
carregarei no meu viver
e você cheia de mel
inundando o apodrecer

De um ser que não quer mais ser
Mas não há opção
Já que ele já é
E continuará sendo

Sumiços

Estranhamente algumas das minhas coisas sumiram, o que me deixa revoltado. Não sei quem pegou, nem o por que. Mas vamos elencar para ver se reaparecem: Minha pasta cinza em que estavam os documentos das viagens do Rio e Juiz de Fora, na época do chamado surto. Minha bôina, queridíssima e que sumiu faz pouco tempo. Minha chave reapareceu, ainda bem. Falta a chave do quarto, e o livro Sentimento de Reforma Agrária. Falta também uma coisa básica. Deixarem eu ouvir música nas ruas. O PSP travou de forma nunca dantes vistas. E o rádio histórico que o Pedrão me arrumou não quer ligar. Um absurdo. Quem quer que esteja monitorando minha vida, devolva meus pertences. Há quase esqueci. Meus documentos todos sumiram também. Isso me revolta pois preciso do título de eleitor para me filiar a um partido. Sumiu também me óculos antigo.
Fica aqui um manifesto. Por favor, devolvam minhas coisas.
Grato

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Poesia e etc...

O não ser

Ser ou não ser
Não é a questão
Mas quem ser
ou como serão?

O mundo chama
A cabeça gira
O povo clama
O corpo pira

A alma intensa
O ser sedento
Como a gente pensa?
Se não sei invento

Nomes pessoas
lugares imaginários
seres estranhos
ao meu próprio eu

Que já se diluiu
no mundo inteiro

Agora não há eu
só nós
e a voz
clama por tensão

O mistério Fernando Pessoa

Fernando Pessoa disse que o poeta é um fingidor. Ele mesmo conseguiu criar, com seus heterônimos, várias personalidades de poetas diferentes. Todos eles emanando de seu próprio ser. Acho que sou também um fingidor. Vou copiar a sua idéia e criar heterônimos para meus poemas. Vou me fingr ser uma cara menos louco, mais normal e adaptado às regras do convívio social. Vou me fingir ser certinho, o filho que a mãe pediu a deus. Vou me fingir ser advogado, médico, engenheiro. Vou criar os meus diferentes "eus" que se chocam na minha personalidade múltipla. Sim pois eu não me contento em ser um só. Tenho várias facetas e devo explorar cada uma delas. Vou criar meus heterônimos para me confundir ainda mais, e a vocês nem se fala. Eles terão sua vida própria e se manifestarão através do meu ser. Essa é uma saída para não dizerem depois que somos loucos. Somos apenas diferentes, vale lembrar...

terça-feira, 10 de junho de 2008

Don Juan deMarco

Sinto uma estranha atração por figuras estranhas. Don Quixote. Don Juan. Esses que são vistos como loucos parecem me atrair. Na realidade eles apenas criam uma realidade que fica mais leve ao seu viver. Talham com suas cabeças caminhos imaginários, com menos pedras e mais amor. Afinal é isso o que move Don Juan, que nunca perdeu uma conquista. É isso que move também a triste figura quixotesca. Não há mistério. É isso que me move também. Amores antigos se confundem com novos e meu coração se agiganta. Torno-me um homem que suporta qualquer dor. Qualquer perda, qualquer desilusão. E assim me movimento no lento tempo dos dias que demoram a passar. E a rotina que parece nunca voltar. Ela nunca mais será a mesma, isso eu sei. Pois aqueles que provam o doce fel da loucura sabem que a vida não se resume a coisas fúteis como a rotina, ou o trabalho. Há algo maior correndo por baixo da minha vida. Projetos grandiosos, idéias fantásticas. Quem sabe eu não me liberte como escritor e poeta, e viva uma vida de ócio criativo. Mas posso ainda ser útil na Academia. Quem sabe eu retome minhas atividades acadêmicas e consiga, finalmente o tão querido título de Mestre. Aí sim eu poderia mudar finalmente de área e tentar obter o título de Doutor em Filosofia ou Psicanálise. Sim, pois depois de tudo que passei, quero entender a cabeça que move cada ser. Suas dúvidas e angústias. O que nos faz ser quem somos no grande teatro mágico da vida.

Poesia e etc...

Moinhos e Passado

Continuo
errante e vagante
tal qual don juan
como don quixote

lutando contra
meus monstros imaginários
moinhos da minha vida
que me perseguem a toda hora

mortas em minhas memórias
vivas no meu peito
amores antigos
sempre voltam

na hora certa
hei de pousar
minhas mãos em teus peitos
e me matar de afagar

mas ainda não é hora
então fico só
com o mundo ao meu redor
com Cartola acompanhando

os versos de um triste
poeta sonhador
utopias e delirios
de um homem qualquer

domingo, 8 de junho de 2008

Poesia e etc...

O amanhecer

O amanhecer trás sempre um novo dia
Renascimento, rejuvenescimento
Nova esperança
Do amor encontrar
Fugindo da solidão
Tão longe está o mar

Aclame-se ò coração
pois o dia reserva
nova paixão
Amor verdadeiro
Esse não existe

Somente passageiros
de nossa vida
em vão
Tentam nos animar
Mas o sol não
bate forte
nessa canção

Canção do amor amigo
Inocente e partido
Canção do amor barato
Inocente e incontido
Canção da loucura
de todos os dias

sábado, 7 de junho de 2008

O íncrivel tédio dos almoços

Almoços são horas entediantes. Tudo que queremos é apenas devorar a comida, mas temos que conversar paara conviver com nossas famílias. Todos os almoços são, em essência entediantes. Só que as pessoas fingem não estarem entediadas para fazer o almoço se tornar algo mais tranquilo. É como na vida, as pessoas fingem serem legais e bacanas, apenas para agradar ao Outro. Todos somos seres chatos e egoístas em nosso âmago, mas tentamos ser o mais legal possível, dentro de nossas limitações, para não causarmos atritos com os outros. Mas o almoço parece devorar as horas do dia, tudo passa mais rápido depois de um almoço. às vezes um cochilo, outras vezes um trabalho, outras ouvir música. Relaxar é fundamental depois do almoço, para uma boa vida... Então que nós tornemos os almoços em ambientes agradáveis, sem mentiras nem ilusões, para que sejamos loucos felizes...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A incrível revolta das fisioterapeutas

Belo Horizonte, Brasil, 2008. Em um onibus comum, desses que circulam pela cidade, ele senta de costas para o mundo. Surgem duas fisioterapeutas e um gay fisioterapeuta e sentam respectivamente à sua frente e ao seu lado. Papo vai, papo vem, surge a ira das fisioterapeutas. Elas estavam ressentidas. O mercado de trabalho não lhes dava valor. O historiador, contrariamente ao habitual ouvia mais que dizia. Elas se sentiam revoltadas com suas condições de trabalho, não aceitavam o jugo do capitalismo selvagem que as fazia trabalhar de 6 a 8 hs por dia e ganhar menos de R$ 1000,00 por mês. O historiador se identificava com essa luta. Em poucos instantes aquela conversa se tornou uma onda eletro-magnética que contaminou o mundo inteiro. Em um dia todos achavam que aquelas trabalhadoras da saúde mereciam ser mais bem pagas. Ao historiador não, pois ele é apenas um veículo de contar estorietas. Em questão de segundos a mão invisível do mercado passava a manipular as leis para que se pagassem mais às fisioterapeutas. Também aos operários e proletários. Somente os intelecutais ficaram de fora dessa avalanche de mercado. O mundo passou a receber o justo enquanto o pobre historiador, continou pobre. Por opção ou por falta de opções? O mundo ainda não estava preparado para receber as mensagens revolucionária daquele historiador. Mas as fisioterapeutas, lindas, estavam. Falemos a veradade, todos os belos e feios deveriam receber mais de R$ 1000,00 por mês. Para poderem ser um pouco menos infelizes. Atenção. Lula recebe a mensagem e passa o salário mínimo no país para R$ 1000,00. Sonhos? Não realidades palpáveis. Ilusões de um mero utopista em pleno século do imperialismo estadunidense.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Poesia e etc...

Aula

Aulas são cansativas
O cérebro a mil
As pernas sem lugar
O pensamento não pára

É mais fácil dá-la
Que recebê-la
Inquietações, angústias
São colocadas em cheque

A capacidade intelectual
Já foi testada
Falta testar
A capacidade de agir

E atingir de vez
O mal que me percebe
O mundo que me persegue

E enfim estarei só
Amando uma musa

a cada dia
a cada noite
a cada instante

Mas já há
Nova Musa Inspiradora
Maravilhosa e Nova

Que agita o meu ser
seu nome é protegido
Para no meu coração viver...

quarta-feira, 4 de junho de 2008

FUTEBOL e etc ...

Esquemas táticos

Assistimos hoje no campeonato brasileiro uma bela briga de técnicos sobre qual o melhor esquema tático a se utilizar. O Gallo inovou com três zagueiros e deu certo. Mas eu, na minha humilde opinião de manager de Winning Eleven, vou além na inovação. 3-4-3. Três zagueiros garantindo a defesa, com um volante atualndo ora como quarto zagueiro, ora como volante na saída de bola. Um segundo jogador de meio de campo jogando centralizado, em inglês um center mield filder. Acho que escreve assim mesmo. Esse jogador auxilia na marcação e na saída de bola. Exemplos: Martinez do Palmeiras e Rafael Mirando no Galo ou Richarlyson no São Paulo. Na frente desse jogador dois armadores estilo clássico. Passes rápidos e lançamentos. No Galo poderiam ser Petkovic e Almir. Na frente três atacantes, novamente uso o exemplo do Galo, pela paixão por esse time. Danilinho na direita, Renan Oliveira na esquerda e Marinho na frente, como centro-avante. Todos esses três jogadores têm obrigação de marcar e atacar. Fechar os espaços nas laterais, os pontas, e o centro avante auxiliar na marcação do meio para trás. Aliás todo o meu time só marcaria do meio para trás para não cansar os jogadores à toa. Jogar no contra-ataque, nesse esquema Dá super certo no futebol virtual. Resta agora a algum treinador tentar implanta-lo para ver se funciona na prática. Exige discplina na marcação de todo o time, e calma nas saídas de bola, aproveitando os espaços deixados pela defesa adversária.

f

terça-feira, 3 de junho de 2008

Rage Against The Machine

Existe no México um movimento revolucionário chamado zapatismo. Lembrando-se dos ensinamentos do velho Emiliano Zapata, eles atualizam a luta por terras e por menos desigualdade social entre os homens. Não há, na atualidade um movimento revolucionário com tanta força simbólica, talvez apenas igualável às das FARCs colombianas. Mas as FARC estão envolvidas com o narcotráfico, então deixemo-las de lado. O movimento zapatista encontra usa melhor expressão e difusão através das letras de uma banda revolucionária, chamada Rage Against The Machine. O próprio nome já demonstra o caráter anti-capitalista da banda. Anti-imperialista e a favor dos valores supremos da igualdade e da liberdade. É só ouvirmos "People of the sun" que entenderemos a mensagem política que está por trás das músicas da banda. Ou "Killing in the name of". Nada parecido tem surgido no mundo, bandas tão politizadas e com lutas tão justas. The ghost of Tom Joad continua rondando nossas mentes. É a hora da revolução que ainda não se fez no Brasil. Uma revolução política e pacífica. Sem pegarmos em armas desarmaremos nossos inimigos. Tornaremos o país mais justo. Acabaremos com o latifúndio e tiraremos o poder das mãos invisíveis do mercado. Passaremos a governar nossas vidas revolucionariamente, embalados pelo amor e pela revolta. Não deixemos ninguém roubar ninguém, muito menos matar. Vamos agir em prol da paz, ouvindo o Rage e seguindo seus ensinamentos...

Poesia e etc...

O amor-palhaço

Tu que vieste um dia

E adivinhasses minha alma

Chamastes-me de palhaço

E ficastes marcada em minha vida

Vieram outros tempo,

Novos e velhos amores

Tu que reaparecestes das cinzas

De um poeta enfadonho

Um dia não me quissestes

Tens esse direito

Porém maior é o direito

Que tenho de amar-te

Amar-te como amiga

Amar-te como possível paixão

Amar-te para todo sempre

Com o se faz a um irmão

O tempo vai nos dizer

O modo de nosso amor

Se subirá as montanhas

Ou se descerá até os amores

Amor difícil, complexo

Mas simples de entender

No olhar do palhaço

A esfinge no braço

Decifra-me

Ou te devoro

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Poesia e etc...

Sono

Devias vir
me encontrar em meus sonhos
mas eles não vêm
e você fica parada
não me dizes se queres
nem se não queres

O sono é o descanso
se queres dormir
me deixa descansar
pois teu sono eu velo
até o dia raiar

Mil perdões eu lhe devo
Mas não sei como pagar
a dívida do amor
que ainda vai se encontrar

Espero eu um dia
amadurecer a seu lado
sonhar e acordar
com teu colo amassado
de tanto amor viver
e reviver

As cidades e a violência

A violênicia continua a reinar nas cidades grandes. Roubaram o carro do meu avô. Que ato de imensa barbárie, contra um senhor de 70 anos, que passou por várias cirurgias e não se cansa de trabalhar.Vai lá que ele tem dinheiro suficiente para comprar outro, mas ele é dos que menos merece sofrer com essa barbárie das cidades grandes. Ainda que seja conservador, empresário, que faça seus conchavos políticos, ele só produz para o país andar. Uma injustiça tremenda tal ato. Os responsáveis são babacas que nada entendem da vida. Espero que devolvam o que tomaram. Espero justiça e liberdade social. Obrigado.

Poesia e etc...

Foram-se as épocas

Foram-se as épocas
Em que valia a pena andar
Foram-se as épocas
Que as pernas não doíam
Foram-se as épocas
Em que a pança não crescia

Vieram as épocas
de múscia e poesia
Vieram as épocas
de trabalho e melodia
Vieram as épocas
de fartura e bonança

Mas uma época nunca volta
a dos amores perdidos
em cada esquina
em cada olhar.
Perdido para sempre estará.

Poesia e etc...

O teatro

a vida é um teatro.
os teatros mágicos são a vida
as mulheres de hollanda
continuam a viver
no meu triste coração

uma delas em especial
mulher de fino trato
linda e sensual
atriz das mais belas que já vi

Mas sei que ela é intocável
pois o pobre poeta
nada tem a lhe oferecer
apenas o amor
uns versos

e um conviver
viver junto
juntar e re
viver.

sábado, 31 de maio de 2008

Poesia e etc...

(A) versão às massas

O poeta anda triste
A massa anda animada
As saídas são boas
As pressões de todos os lados
Aumentam a inspiração

Esvaem a melancolia
Mas ele tem um novo amor
Que tem nome e profissão
E lutará por ele como nunca

Pois o amor salva vidas
E a solidariedade é companheira
Todos são meus amigos
Mais raros são os amores

E a vida se esvai a cada dedo
A cada palavra
A cada gesto
A cada ato
A cada inação

Poesia e etc...

Aniversários

Aniversários são chatos por natureza
Pois as pessoas são chatas por natureza
A preocupação é algo incômodo
Pois o mundo é vasto e imundo
E sua sujeira que me interessa

Não quero bondade, nem caridade
Estou entendendo o que Hannah diz
Uma vez tornado público
O assunto não se esvai
E minha consciência
No trânsito cai
Sinto-me exaurido
De fazer o social

A vida nas passarelas

A vida nas passarelas. Elas nos botam medo, pois estamos acima dos carros e ônibus. Podemos cair a qualquer instante. Além disso, o mais importante é que elas unem morro e asfalto. Por elas transitam pessoas de todas as espécies e profissões. Um espaço altamente democrático e igualitário. Ali somos livres para sermos iguais. Apagam-se as fronteiras de sexo, gênero, classe social. Aliás essas já estão apagadas. O morro não vai mais ameaçar o asfalto. Eles combaterão pacificamente o Capital, sem roubos ou seqüestros. Hoje tive a experiência de trocar idéias e dar um cigarro a um morador de rua, que reconheceu minha humildade. Essa é a palavra-chave para ingressarmos num mundo de paz e amor. Passemos todos a usar as passarelas que a vida nos trás, para sofrermos menos e sermos mais felizes

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Poesia e etc...

Unimultiplicidade

Unidade
Cidade
Umidade
Humildade
Uno
Duo
Trino
Sino
Rotina
Mentira
Cansa
Descansa
Casa
Descasa
Casca
Descasca
Roupa
Tira
Põe
Não
Sim
Talvez
Ou não
verborragia
verso
rima
pura
inteira
metade
mentira
verdade

Campanha pelo trânsito

Atenção, atenção. Larguem seus veículos em casa. Utilizem o transporte coletivo, onibus ou metrô, pois o transito de Belo Horizonte está caótico. Se for pra andar de carro sozinho, pegue um táxi. Não dá mais para enfrentarmos um trânsito tão pesado que nos atrasa em nossos compromissos. Se cada um de nós começasse a combinar com os vizinhos de pegar uma carona, diminuiria imensamente o lesamento coletivo do trânsito da capital. Os onibus são tão confortáveis e recheados de beleza, que não entendo por que os ricos cismam de andar de carro sozinhos.
É apenas uma idéia, que espero que se expanda.
Fui...
A pé e de onibus, sempre...
abraços

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Poesia e etc...

E a vida?
A vida continua a mesma
a chatura da rotina
As pessoas continuam chatas
A rotina passa
O Dia continua
O flaneur entediado
e o dia chateado

Os mesmos rostos
os mesmos destinos
A mesma solidão
Idiota de sempre

E a vida meu irmão?
Continua a chatice de sempre.

Aulas estudos
Filosofia salva
Poesia salva
Os amigos salvam
Os outros ajudam

Mas quem te salva?
É você, ninguém mais...

Poesia e etc...

As multidões

A massa continua inquieta
A turba quer novidades
O homem continua o mesmo
Mas a história mudou

Todos sabem do homem
Nada sabem da história
Do homem muito pouco
Acham que dele sabem
Mas seus pensamentos vão

Aonde teu pensamento não alcança

Mais alegre que nunca

Mais solitário que o mundo.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Indiana Jones está de volta

Sim, sim caros amigos. Ele voltou. Velhote, mas voltou. Num filme em que a história da américa latina é misturada com a aventura e os famosos clichês hollywoodianos. O filme tem uma trama interessante, que não posso detalhar aqui, mas digo que vale duas horas de diversão. Para os que estão à toa e gostam de fimes do gênero, vale a pena. Me interessei mais pelos retoques de cultura latino-americana do que pelo filme em si, cujo final é desastroso. Mas os filmes de Hollywood são assim mesmo e quem vai os ver já imagina o que se passará no final. Indiana Jones era meu herói de criança, eu era louco para ter uma bota que parasse trens, mas hoje ele me desiludiu um pouco. Mas ainda está no panteão de meus heróis, já que é professor e arqueólogo, algo difícil nos países de terceiro mundo na era da globalização. Ele pode ser visto como um herói dos pobres universitários que tentam ingressar na carreira acadêmica. Uma visão alternativa de um herói do capitalismo e dos blockbusters imperialistas estadunidenses.

terça-feira, 27 de maio de 2008

FUTEBOL e etc ...

Futebol e a Libertação da alma


O futebol é um esporte lento, se comparado ao basket e ao tênis. Ou ao pingue-pongue. Mas é um esporte que liberta a alma. Dentro da quadra são cinco contra cinco. Todos com fome de bola e vontade de ganhar. Alguns com a técnica mais apurada que outros. Mas a raça sempre vence a técnica. Não adianta ter um driblador que não sabe por a bola para dentro. Hoje joguei bola e me senti livre e igual a todos os outros. Lá eu não era o foco de atenção, mas sim a bola. E com ela eu me dou muito bem. Fiz alguns bons dribles, voltei a jogar meu futebol moleque que sempre encantou e trouxe brilho à pelada. Alguns deram arrado, mas aguentei correr até o final, sempre descansando no gol. Não forcei a barra e deu tudo certo. Meu time ganhou quase todas, com uma defesa que marcava atras do meio de campo e um ataque solidário. Belos lances, bela pelada. Agora falta voltar ao basket. Sábado. Até lá da tempo de dar umas corridas e melhorar a forma física. Preciso perder peso para voltar à fase áurea nos dois esportes. Mas estou voltando a alegrar as qudras de BH.
Fui...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

FUTEBOL e etc ...

Ontem tive o desprazer de assistir ao jogo dos Atléticos. Jogo de péssimo nível técnico, que mostrou a deficiência de ambos os times. Reforços já. Enquanto isso o Cruzeiro já tinha goleado por 4 a 0 e terminou assumindo a ponta da tabela. Isso nos mostra a boa administração dos Perrella, apesar de não gostar deles. O Cruzeiro está sempre entre os melhores e o Galo penando. Motivo: técnicos e elencos. O elenco do Cruzeiro tem muito mais opções que o do Galo, que é limitadíssimo. Não entendi a retranca do treinador Gallo, colocando o time em um esquema 3-6-1, com o limitadíssimo Eduardo sozinho no ataque. Acho que foi uma invencionisse burra, pois não funcionou no primeiro tempo. Apesar de o Galo ter criado algumas chances, foi horrível o nível das jogadas. Depois arrumou a lambança tirando o Marcos, que vinha bem no jogo, e colocando o Marques. É triste ver nosso ídolo jogando um futebol tão medíocre. O Petkovic ainda não mostrou a que veio. O Almir tem sido o mais esforçado e parece ser uma saída para armar jogadas, falta apenas levantar a cabeça e soltar a bola. O Calisto me pareceu um bom jogador, melhor que o anterior, Tiago Feltri. Mas precisamos de mais um centroavante. Marinho não está bem. Eduardo não. Quem nos resta? Marcelo Nicácio? Acho q já saiu. Tá difícil. Assim o Galo será o time dos empates e torceremos para não cair no centenário. Um absurdo.

Poesia e etc...

Onde está você?

Onde está você
que faz meu coração arder
que me deixa sem porto seguro
que joga minhas esperanças no céu

estas vagando o mundo
imundo como sempre
estas a me esperar
num canto qualquer

uma mísera ligação
e se ligam no coração
o tempo nos unirá
nossa hora há de chegar

Ò tempo cruel
Horas q nao passam
Dias lentos
Momentos intensos

Criatividade a mil
inspirada naquele vinil
Vinicius
Para sempre hei de te amar.

26-05-08

domingo, 25 de maio de 2008

Poesia e etc...

À Lê

A beleza não escolhe
são pessoas que nos cruzam
Garçonetes passantes
Que nos enchem de amor

Alessandra é teu nome
Entre as musas tu figuras
No panteão do meu coração
Teu lugar está guardado
Nossa hora há de chegar

Entre todas escolhi tu
Das mulheres a mais enigmáticas
Perturbastes a minha paz
Touxestes uma nova visão

Visão do amor
Visão da paixão
Amor platônico, ou não
Com o tempo saberão
Do mar do meu coração

24-05-08

sexta-feira, 23 de maio de 2008

A misteriosa vizinha

Hoje, depois de flanar pela savassi, fiquei na varanda do predio do meu grande amigo tico, curtindo um visual. Que belo visual, uma misteriosa vizinha que se escondia do meu olhar. Quero-a como sempre. Quero falar com ela, ouvir seus reclames e suas magoas. Nao queria deixar ela sem graca. Queria apenas flertar com ela. Seus amigos ficam no computador, impedindo a visao de sua beleza. Ao som de Ultraje a Rigor fico esperando ela aparecer. Para me acender uma fagulha de emocao que me anime a sair e pegar outras minas. Apenas a paixao incendeia meu coracao. A paixao-cafajeste que adora observar as curvas dela e transforma-la em pensamento. Pensamento que se esvai a cada gole, a cada trago. Mas se ela estiver me lendo, vera que quero ela e pronto. Hoje a noite vai ser boa. Promete muito flerte. Muitas gatas. Muita azaracao. Beijos nos coracoes de voces.

Flaneur na savassi

A savassi continua a mesma. Belas paisagens, belos cafés. O flaneur não notou grande diferença e viu que a massa continua insana. Sem grandes agitações, mas atenta aos meus passos. Todos estão. E não tem problema. Já me acostumei com a idéia de ser vigiado por todos e por ninguém ao mesmo tempo. Adoro ver e ouvir as músicas e as mulheres. Adoro flanar e adoro a noite. Mas a noite não me adora. Pressões para dormir cedo e tomar os malditos remédios. Pelo menos já tirou o lítio. Faltam só três agora, porque antidepressivos eu tomarei para sempre. Mas quero poder beber, dirigir e curtir a vida a doidado. Essa é a lição que tive essa tarde. O que importa, sempre, é liberdade e igualdade.

A encantadora beleza das praças

Hoje resolvi fazer uma caminhada até a praça JK. Pensei primeiro: por que as pessoas usam carro se é tão reconforante andar? Mas elas persistem em se isolar em seus veículos. Tudo bem. Minha escolha está feita. Ando de onibus numa boa. Pego carona com meus amigos. Dirijo só em causas de extrema necessidade. Mas a praça tem um encanto especial. Ali convivem o morro e o asfalto. Uma cena resume tudo: Um pai, provavelmente de classe média alta, chutando bolas com um muleque que, provavelmente, mora no morro do acaba-mundo. Interessante esse nome. Ali acaba o mundo da riqueza. Inicia o da pobreza. Ali as pessoas mais ricas têm de visualizar os danos da desigualdade social. Mas tudo isso acaba na praça. Lá todos são felizes e brincam sem pensar em mais nada. A praça é o seio da democracia plena. A ágora ateniense.

Bob Marley - herói nacional

Toda pátria precisa de seus heróis. A Jamaica teve a sorte de receber uma das melhores almas que já passaram por esse planeta: Bob Marley. Sua música contagiou não só seu país mas o mundo, trazendo a todos mensagens de paz e amor. Foi um mártir das forças ocultas que o levaram a falecer. Mas foi melhor assim, pois depois que morreu Bob conquistou até os corações e mentes brasileiros. O raggae é o estilo, mas o que importa é a mensagem. Paz, amor e esperança de um futuro melhor. Bob resume tudo o que eu espero nesse momento. Uma figura ímpar que nos deve servir como exemplo. Sim, ele era rastafari e usava marijuana em seus cultos. Qual é o problemas? Quantos bêbados e fumantes não circulam todo dia pelas ruas de nossas capitais. A droga ativava algo no cérebro de Marley que o fazia ir além dos problemas cotidianos de sua terra. Seu pensamento se tornava unviersal. E universalizando suas idéias conseguiu mudar, pelo menos uma parte, do mundo. Quantos raggae-boys e rastafaris não vemos pelas ruas? Há algo melhor que ir em um show de raggae e balançar o esqueleto. BH teve sua fase áurea de Raggae. Tabuleiro, Terral, Jamboeh, No sal, tocavam músicas que seguiam os ensinamentos do grande mestre Bob. Hoje em dia estamos seguindo os ensinamentos do samba. Não que o samba seja pior que o raggae, mas vamos tentar fazer renascer das cinzas o movimento raggae de BH. Eu farei a minha parte, com meu violão. Faça a sua e sejamos feliz e não choremos mais. Lutemos para que não haja guerras e preconceitos. War. It´s a war that we must fight.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Entre o futuro e o passado

É nessa lacuna que me encontro. Entre um passado que eu desconheço e um futuro ainda promessa. Não sei bem o que está ocorrendo, só sei que em breve uma mudança positiva acontecerá na minha vida. Já estou até apelando para as religiões para tentar entender o processo. Confesso que gostei mais da umbanda que do centro espírita. Gosto de ser inquietado, instigado. Estudar o espiritismo até vai, mas a última reunião foi um saco. Muito balela. O passado me oprime. É uma fase que desconheço da minha vida e que quero ter de volta. Do outro lado um futuro que parece ser promissor. Afinal de contas, todos e ninguém ao mesmo tempo me ouvem. Possibilidades infinitas de amores. Empregos? Acho que não. Tenho a triste sina de ser poeta e escritor para o resto da vida. Talvez eu me realize assim mesmo. Mas o que me preocupa agora são os dois meses de vida perdidos. Quero recuperá-los, acelerar o tempo para que eles voltem. Não voltarão, eu sei. Mas pelo menos eu poderia saber de fato o que disse e não disse, o que ocorreu de verdade. Sei que fui extremamente verdadeiro em minhas falas, e perdi de vez meus pudores. Nunca mais voltarão. Voarei como um pássaro sem rumo. Espero que a vida me leve no rumo certo. Não preciso de drogas nem remédios mais. Mas tudo tem seu tempo. E o meu tempo passa lentamente a cada instante de segundo em que perco uma oportunidade.

Poesia e etc...

Idade do amor

O amor não tem idade
Nem picão, nem sexo
Afrodites e Atenas
Invadem meu coração
Tornam a vida mais bela

Cheia de emoção
Não te assustes comigo
Despudorado, perdido
Buscando encontrar
Um coração e se apaixonar

21-05-08

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A volta dos que iriam ficar

Sinceramente, eu gostaria de morar em JF. Cidade livre, paixões a cada esquina. Cidade maravilhosa, muito mais que o Rio. Mas tenho que voltar ao Rio para acabar de resolver meus problemas psicológicos. E depois, no segundo semestre, me mudo definitivamente para a casa do meus pais. Aí sim será um tempo de amor, de felicidade, sem mentiras ou intrigas. Adoro meus pais, os três, mas como lá tem dois, pesa um pouco o coração deixá-los a sua própria sorte. Quanto à minha mãe, amor incondicional. Mas é hora de eu dar um passo a frente para não ficar no mesmo lugar. Por enquanto é só. Fui... Voltarei...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Flanada diária em Santa Cruz

Engraçado. Esse nome me persegue. Caldeirão de Santa Cruz do Deserto. Shopping Santa Cruz em Juiz de Fora. Apesar de tentar conter meus impulsos consumistas, comprarei uma lembrança para mim naquele shopping. Uma blusa com a emblemática bandeira de minas gerais em chamas, "Libertas Quae Sera Tamem". Tudo que eu preciso eu tenho aqui. Liberdade de ir e vir. Dinheiro para comprar meu Guaraviton diário. A agitação da cidade continua, mas não me incomoda. As cidades e as multidões são assim. Agitadas e curiosas. Sou um ser, por enquanto, estranho em Juiz de Fora, com minha vida tornada pública. Fui ao banheiro e tinha o seguinte aviso: R$ 0,50. Achei absurdo e como não havia ninguém no caixa entrei e fiz o serviço diário. Sem mais detalhes sórdidos. Vou voltar lá para comprar a minha lembrança. Talvez compre algo para a nova musa inspiradora. Espero que isso não seja um peso para ela. Ou não. Já lhe dediquei um poema que vale por mil coisas compráveis. Tá bom. Só eu que mereço aquela camisa. Ok?? Fui...

O dia D

Voltei a Juiz de Fora. Vi que meus problemas psicológicos não foram causados por meu pai, pelo Marquinhos ou pelo MGM. Nem mesmo pela paixão platônica pela Tatiana. Foi tudo invenção da minha cabeça perturbada. Queria pedir aqui desculpas públicas à Mel, que sofreu muito com todo o processo, e ainda sofre, acredito eu. Gostaria muito que fôssemos apenas amigos, mas acho que o grau da besteira que fiz com ela foi demais para ela aceitar isso. Tudo bem. Entendo. Mas ainda a amo, e acho que amarei para sempre. Mas divido meu coração e tento arrumar novos amores, já que ela não me quer.
Hoje será o Dia D. A bela moça do grupo de dança deve voltar. Devo tentar conquistá-la. Se ela não quiser tudo bem. Volto a piropar em BH. Pois é a piropagem em si meu conforto. Não a finalização da piropagem. Um beijo seria um céu. Mas não sei se conseguirei atingir esse objetivo. O tempo trará a resposta.
A volta para BH sozinho mostrará minha maturidade e ganharei a confiança de pessoas que desconfiam da minha sanidade mental. Amanha volta a chata rotina de um à toa em BH, sem poder sair de casa. Vamos ver depois da próxima sessão de psicanálise se melhora um pouco a vida.
Mais tarde escrevo sobre expectativas do dia. Fui...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poesia e etc ...

O Amor


Como solucionar o amor?
O Dilema das paixões?
Inibidas, desencarnadas?
Tem que acontecer agora!
Culturalmente falando? Hoje abre?
Vai rolar algo?
Ou, como sempre, serei um mero espectador?

Poesia e etc...

Quer ou não?
Ser o desejo da minha paixão?
Segredos não existem
Nas teias da nossa paixão

Via de mão-dupla
Deve ser o amor
Se não me queres
Basta dizer uma vez não!

Poesia e etc...

A senhorita sem nome, codinome Beija-Flor


Teu balancear me cativa
Teu olhar ainda mais
Não sei o que fazer nessa vida?!
Esperar? A resposta virá?

Nessa vida ordinária
Em que caminho
Como idiota
Sem cortes
Com tesão
Com ânimo
Com desejo
Com (re) inspiração
Transpiração, respiração
São os segredos do viver

19-05-2008

Tentativas em vão

Por que todo tentam me enganar? Num teatro sem fim. Enfim. Isso que me cansa. Mas turbina minha alma. Estou feliz. Talvez pela primeira vez. Feliz do fundo do coração. E não mais serei triste. Quero a vida leve e mansa. Não quero pesos, nem responsabilidades

Poesia e etc ...

Acordei

De um sono profudo
de três meses atrás
acordei hoje sorrindo
e vendo que não adianta mais

Penso, logo desisto
Existo, logo penso
Desisto, logo insisto
Vou, logo estou

Espera...
Tentativas
erros
portugues
inutil
idiota
e fútil...

Poesia e etc ...

Mesmice

Pensei em fugir
Não deu certo
Pensei em sair
Saí
Continuou
a incomodar
um amor
a se tornar

musa de meus sonhos
nao quer me ver
nem mesmo conversar
mulheres de atenas
meu ouçam chorar

Não canso
nem descanso
enquanto aqui estiver
só ligo pra ponta do meu pé

Egoísta
Extremista
Mistura fina
de mesmice chata


Teatro
Mágica
Ondas
Magnéticas

Vou-me
Fui
Cansei

Fugi
de novo

Tchau
não
fico
não
sim
talvez

domingo, 18 de maio de 2008

Poeta Melancólico

Penso Nela
Quem será?
Musa Inspiradora
Dos devaneios
poeta melancólico

Em busca da essência
O âmago do ser
O que move a alma
Amor/Dor
Saudade/Felicidade!

Memórias de um louco

Primeiro uma questão: como socializar em meio a pensamentos que estão tão perto, ou longe?
Sei que aqui posso tudo, tornei-me nietszchiano. Sem nem ter lido direito Nietszche. Mas sei o que quero. E nada pode me parar. Só Ela. Logo vou tentar me entender com Ela, se ela não me quiser, passo para outras. Ou não. Pode ser invertida a sequencia também. O importante é escrever e estar feliz.

Poesia e etc...

Sair, cansar
esperar, deitar
Escrever, morrer
Jogar, atuar
Vontade, dever
Vou-me
tchau

Espiritismo e etc...

Cansei da espera. O tempo do espírito é lento. Meu tempo é rápido. Não aguento mais a palestra, aula qualquer coisa. Quero sair e ver o mundo. O mundo me quer, ou quer me ver. Tudo é o caso Isabela. Quero sair. Estou violento. Vou embora. Cansei mesmo. Nietszche estava certo. Deus está morto. Filosofia é a saída. Poesia é a saída.

sábado, 17 de maio de 2008

O amor não tira férias

Descobri hoje que o amor não tira férias. Onde quer que você vá ele vai te perseguir. O amor-amigo, o amor-família, ou mesmo o amor-paixão. Ele está em todos os cantos. Todas as paredes cheiram o perfume do amor. Difícil é dormir pensando nesse amor. Então escrevo. Para aliviar as angústias de uma vida sofrida de um pseudo-poeta. Que tenta se relacionar com o mundo. Mas o mundo lhe é hostil. Nada lhe oferece. Mas ele consegue enxergar além desse nada. Põe tonalidades novas no mundo através da escrita. Do pensamento sai a verborragia. Não consegue dormir, pois não pára de pensar. Em que? No recomeço. No novo. Nela. Admiti a mim mesmo que ela é a musa inspiradora. Preciso dela para viver. Mas ela pode ser qualquer uma. Apesar de ter uma em minha cabeça agora. Mas amanhã verei ela e tudo se resolverá. Espero que sim. Sem dramas ou surtos. Penso no trabalho, na família e no nada. Mas nadar resolveria o problema. Nadar no nada. Mas vou nadar nas águas profundas do amor. Isso ajudará na cura de minha doença: amar a todos. Seria isso uma patologia social? Amar incondicionalmente o mundo a ponto de não conseguir dormir? Espero que o sono venha ao longo dessas linhas. Se não vier, virá pela poesia, ou pela música, ou pelos estímulos externos. Os caminhos me levam para onde a vida me levar. Ela me leva sempre a Juiz de Fora. Será lá meu porto seguro? Sempre que estou com problemas eu penso em ir para lá. Por que será? Pelo meu pai, eu penso. Mas dessa vez não é somente por ele, ou pelo seu comapanheiro, o Marquinhos. É por causa dela. Que droga. O amor é uma droga difcil de curar. Sempre nos rodeando tentando nos pegar. E nós, meros mortais, acabamos cedendo às tentações dele. O que é bom.

Flaneur no centro

Hoje tive a certeza que minhas idéias estão no lugar. Meu pai querendo arrumar briga por causa de dinheiro, minha mãe combinando com ele para eu voltar rápido para a casa. Tive, finalmente uma boa flanada. O caminho da rodoviária para casa da minha avó, veio a confirmar minhas hipóteses. Não estou ficando louco, mas sim altamente lúcido e verdadeiro. Transparente seria a palavra. As pessoas vêem minha alma, sem que eu diga nada. Todos sabem quem eu sou e para onde vou. Espero ser mais feliz lá, que eu tenha mais liberdade e que Ela esteja lá. Seria o ápice de uma recuperação difícil, árdua e tensa. Não brigarei mais com meu pai, nem com minha mãe. Nem com o idiota. Viverei a vida levemente. A cada tragada. Hoje estou sem paciência para lhes contar do flaneur no centro, mas amanhã lhes conto o que ocorreu. Todos olhavam para mim. E eu olhava para dentro. Algo assim.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Poesia e etc...

Flaneur nas ruas
solto, apaixonado
Louco para amar

A lua o inspira
a musa o cativa
As palavras o fogem
Há espiões por toda parte

Ele se deleita na multidão!

Poesia e etc...

A senhorita Anonima

Assim é o tempo
Passa e nos disfarça
E ficamos ao fim
sós, separados

Mas o destino nos guarda
ótimas supresas
A noite é longa
E o dia é curto
O sol amanhã é nosso

A vida não se resumà noite em que te vi.
Vi e logo enrubesci

Sem palavras
sem versos
sem dizer
sem o que fazer!?

A linguagem da paz

Muitos vêm utilizando da linguagem da violência para o meu bem estar. Peço que parem. Que usem somente a linguagem da paz. Sem repressões ou manipulações. Podem cuidar de mim, mas não exponham minha família a uma situação que ela não merece passar. Sei do que está ocorrendo e as semelhanças com o caso Isabella acabaram. Agora já recuperei minha consciencia dos fatos, então paremos de teatro e de hiper-exposição. Sei que o efeito cascata é impossível de controlar, mas peço que não machuquem minha familia. Sentimentalmente falando. Eles me ajudaram, apesar de terem me interpretado errado e terem errado nas minhas internações. Mas caso fosse voces, talvez fizessem o mesmo. Estava descontrolado, sem senso crítico e enloquecido. Ameacei coisas terríveis e fiz algumas besteiras. A maior de todas foi perder minha amada. Ela se foi e nunca voltará para mim. Então acho que já sofremos demais as consequencias. Sofro tofo dia a perda de memória, a sensação de ficar preso na cama, amarrado, como um louco. Não brinquem com a loucura, pessoas. A loucura tem seus limites também. Acho que todos já sabem tudo sobre a minha vida, então deixem que quando eu esteja solitário, seja solitário. Quando estiver feliz, seja feliz. Sempre melancólico, pois arrancaram de mim uma parte da vida e isso não se faz. Perdi dois meses ou mais de vida e agora estou recomeçando. Do zero. Em outro lugar. Com outras pessoas. Obrigado pela compreensão e apoio. Estaremos sempre juntos.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

A prisão e a solidão

Encontro-me solitário. Como sempre quis. Mas no lugar errado. Não nasci para Belho Horizonte. Ela nasceu e morreu em mim. Agora preciso me achar em outro lugar, Betim, Santan Luzia. Juiz de Fora. Passos? Sim. Rumo ao infinito. Descobri que não é só a escrita que me salva. A música também. Os compositores, baleiros e boleiros, são pessoas especiais. Enviados à terra para nos reconfortar. Por isso não se torna necessária uma religião. Na minha prisão tenho livros e diversão. E tudo o que eu quiser. Mas não a quero mais. Quero outras prisões, outros mundos. Quero respirar ares novos. Tomara que consiga, pois essa é a única saída para fugir da minha incontrolável melancolia.
Até

Nardonis e Jatobas

Na nossa vida encontramois muitas pessoas parecidas com os dois acusados de matar a menina Isabella. No meu caso as coisas se invertem. Minha mae é a Ana Carolina Jatobá, meu padrasto é Alexandre Nardoni. Eles me podam tanto que da vontade de morrer. Poderia pular agora mesmo da janela, mas não o farei. Por enquanto. Mais tarde farei, se for necessário. Quero apenas ir ver meus pais, e eles n"ao deixam. acham que pode dar um tal de surto que nunca existiu. Sei que eles me vigiam, mas não conseguiram me podar mais. Vou para cas da minh vó, vou pro mundo. O mundo é pequeno e cabe nas palmas das mãos do flaneur. Ele esta irritado por nao conseguir sair da prisao. Quer sair e eles nao deixam. Quer viver, as eles preferem a morte. Morte já ocorrida. No plano sentimental, no plano espiritual. Morri já. Agora volto a viver, psicologicamente falando. Beijos no coação de quem ler essas triste e melancólicas linhas
ate a proxima

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os prazeres da sauna

Eu como burguês que sou, tenho uma sauna em meu prédio. Muito pouco usada, mas que passarei a usar sempre para exorcizar meus demônios. Tem até um caso curioso que mostra a (in)utilidade da sauna. Fui uma vez a reunião de condominio. Onde foi? Na sauna. Hoje desci pois não aguento mais meu quarto, apesar de todos os prazeres que ele me proporciona. Cansei da solidão, cansei de ser emimesmado. Quero voltar, a vida. Normal de qualquer ser humano. As crianças estavam lá embaixo sabendo de tudo que ocorre na minha vida. Me proporcionaram uma alegria sem palavras para descrever. Mas a sauna é a saída para o flaneur. Deu asas à sua criatividade e imaginação. Voltou renascido. Pronto para o que der e vier. Pronto para salvar-se na escrita da vida. Triste e ordinária, mas é a vida, é bonita...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Banheiros e a modernidade

A modernidade trás em si um paradoxo. Somos iguais, mas queremos a liberdade de sermos diferentes. Queremos ser povo, mas queremos ser astros. A TV nos entope com essas idéias e consumimos feito loucos. Mas há um lugar onde ainda se pode ter privacidade na modernidade. No banheiro. Eles sempre foram meu refúgio, os locais para onde vou quando não sei onde ir ou o que fazer. Lá pode-se tomar um banho, deixar a água limpar nossas mágoas e voltarmos renovados para a vida mundana. O banheiro é a chave da solução. De todos os problemas de super-exposição. A solução de meus problemas psicológicos e de toda a humanidade. Lanço aqui a campanha! Entoquem-se em seus banheiros e dêem luz à vida de uma pessoa. O banheiro ainda salvará o mundo. Nele não há guerras, nem discussões. Só amor e música. E água. Cuidem de seus banheiros...

O amanhecer e a aurora

A noite e o flaneur são como um só. Amalgamados um se nutre do outro. Pois a noite a cidade está mais calma. Circulam nel apenas os bravos e corajosos, os bandidos e os mal-trapilhos. Nela, na oite, o flaneur encontra diversão, sexo se quiser e pessoas dispostas a contar suas estórias. Mas o flaneur vem sendo podado de viver a noite. Se embriaga de remedios que o fazem dormir por 8 hs, e ele perde a magia das noites.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A chance perdida

Hoje tive a chance de matar minha saudade e encontrar com um antigo amor. Esse amor foi uma das causas do meu surto. Seria a consumação desse amor a solução dos meus problemas? Espero que sim. Quero muito amar de novo... O encontro pode ser casual, pode ser programado que não há problemas. Apenas aguardo anciosamente um instante fugás de vê-la. Ela que é a musa inspiradora dos meus devaneios. Quem é ela? Vocês tem que descobrir com sua própria criatividade. Mas a vida enche-se com o amor. O amor é o que nos leva a
abrir fronteiras e dar sequencia nos nossos sonhos. Por enquanto é isso que eu quero no momento. Amar e ser amado! Aqui, na casa da minha avó, fiquei muito feliz. Acho que a vida aqui seria mais fácil. Menos consumismo, mais arte, mais poesia. Uma paisagem mais bela, um bairro mais aconchegante. Mas mudar-me para cá seria apenas uma fuga. Preciso sair é desse mundo, me desprender das amarras que criaram para mim. Tentarei fazer isso amanhã. Se der certo bem, se não;;;;

sábado, 10 de maio de 2008

Religião e etc - III

Espiritismo

Fui ontem unm centro espírita chamdo Cáritas. Fiquei assustado. A palestra era sobre coisas boas. Compaixão, amor esperança. Mas eu estava inquieto. Algo não me deixava apenas prestar atençao e receber. Tive que fazer anotações. Meus pensamentos estavam rápidos como o Felipe Massa. Questionei muito. Fiz a questão essencial da minha existência. Se sou um ser feito para amar, com uma intelectualidade boa, pq não consigo viver com a razão. Espero que depois de oito semanas saia com essa questão respondida. Fiquei assustado. Especialmente quando cheguei em casa e o peso que segura minha porta não parava de ir de um lado para o outro balançando. Não havia vento. Outro fato inusitado. Quando sai meu celular, que normalmente demora um pouco para ligar, ligou rapidim. Ondas eletro-magnétiacas estão me cercando. Sinto calafrios agora. O melhor é aprender a lidar com elas. E com minhas psicoses e neuroses (se é que existiram).

Religião e etc - II

Umbanda

Fui num centro de umbanda essa semana. Nada de assustador. Ritos e cânticos. Não notei diferença nas pessoas incorporadas. Mas fiquei bastante atraído pelo preto velho que me mandou voltar 7 semanas. A preta velha falou 6. O preto velho mandou eu tomar uns banhos de ervas.
Falei dos meus problemas, dúvidas e inquietações. Dançei. Quis me abaixar. Me mandaram me levantar. Acho muito interessante o ritual como forma de compaixão, das pessoas se aproximarem e se amarem. Voltarei.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Poesia e etc...

Para ela (F)

Seus olhos penetrantes
teu amor profundo
amigos ou irmãos
irmãos ou amantes?

No calor da espera
Me trazes a esperança
O amor vem contigo
Numa utopia incansável
As palpebras se fecham
No conforto do teu colo

Poderia meu coração
Amar-te de verdade?

Poesia e etc...

Psicoses de um louco


Penso nela
Quem será?
Musa inspiradora
dos devaneios
poeta melancólico

Em busca da essência
o âmago do ser
O que move a alma
[se é que ela existe?!]
amor/dor
saudade/felicidade

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Piropo

Vendo o DVD do Chico Buarque, Romance, descobri uma figura que muito se parece comigo. O piropeiro. Galanteador de mulheres, uma espécie de Don Juan, que ama o sexo oposto e faz o possível para conseguir conquistá-las. É na espera de um novo amor, que pode surgir a todo instante que vive esse tipo chamado piropeiro. Tenta entender a alma feminina, mas seus esforços são sempre em vão. Apaixona-se rapidamente, com um brilho de um olhar. Mas de outro lado sofre intensamente com as separações. Sofre como se o mundo desabassase na sua cabeça. Mesmo tendo outros amores, mesmo tendo o carinho familiar e dos amigos. O piropo é o flerte, a cantada, ou a mascação. Sou um piropo-amante, que não sabe a hora de parar. Parar de procurar o amor ideal ou platônico. Por isso sofro. Muito. Pesado. Depressão às vezes. Mas sempre saio do fundo do poço fortalecido e pronto para o próximo amor. Parece que ele já tem até nome...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A insustentável chatice da rotina

Estou em casa. Ponto. Não posso sair, ser visto, conversar, conhecer pessoas novas. Isso é a chatice da rotina de quem é considerado louco ou psicótico. Teoricamente não teria nadegas a reclamar, tenho meu pc, um notebook a minha disposição, milhares de livros e minha família me dando atenção. Mas sinto falta da sociabilidade dos bares, de sair e ver o mundo. O quarto cabe o mundo, mas o ser não cabe no quarto. O ser deseja liberdade de verdade. Poder sair, jogar basket, futebol, conquistar novos amigos, novas mulheres. Aventuras de todos os sentidos possíveis e inimagináveis. O poeta-flaneur precisa da rua. É nela que se escondem as verdades mais intrépidas do mundo. É na rua que se acham amigos e companheiros. É na rua que se fazem loucuras por amor. Por falar nisso, meu coração anda muito bem. Já esqueci um antigo amor. Minto. Sempre faço isso. Mas estou me envolvendo com um novo amor muitíssimo interessante. Se vai dar certo só o tempo dirá. Agora pretendo me metamorfosear como fez Kafka. Tornar-se mais eu e menos o Outro. A dedicação exclusiva ao Outro acaba matando o Eu. o Eu agora encontra-se privado de suas necessidades básicas. Em breve ele retornará.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O choro

Homem não chora
nem por dor
nem por amor
Mas se quiser desabafar
chore incontidamente
Chore o que tens que chorar
Ame intensamente
Chore verdadeiramente

Se fodeu, amou

Quem tem SUS se fode
Quem tem deus se dá bem
Quem tem grana vive na paz
Quem não tem se vira malandro
O dinheiro não trás felicidade
Mas sim o AMOR

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Poesia e etc...

Que figura triste
Tampada da humanidade
Por seus óculos de sol
Anciosa, certamente
Mas impecável na postura
Provavelmente nas alturas
Sem nem perceber o flaneur

Que flerta
perdidamente
Apaixonado pela postura
Seus sentimentos
Insentimentais
Impávido Colosso
momento da fugacidade

O triste Adeus dos loucos

Hoje sai, pela terceira vez, de uma internação numa clinica psquiatrica chama Pinel. Friso que saí por vocês, e não por mim. Lá eu tinha a vida boa, arrumei uma namoradinha, tinha amigos: Saulo, Daniel, Claudio, Roy e Amarildo e Ricardo. Conversava na hora que queria, do jeito que eu queria. Menos com as mulheres. As buscas pela Fernanda eram árduas. Mas no fim nós nos encontrávamos e dava tudo certo. Muitos deles tinham orientações sexuais diferentes da minha. Não podia esquecer de citar aqui a Monique e a Priscila, que mesmo com todos os escandalos era gente fina. Sair dali é ser considerado normal, mas a saída é triste. Você pensa que não vai mais ver aquelas pessoas que foram tão prestativas e ajudaram tanto na minha recuperação. Deixo aqui um agradecimento especial à Fernanda que me suportou com o meu jeito. E tambem à Sandra e Valéria que cuidaram de mim. e ao Tião, e aos enfermeiros. Agora espero voltar somente como visita, ou para uma consulta com meu medico. Adeus a todos vcs q me ajudaram. Fui viver de novo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Diários de um morto-vivo

Começo hoje a escrever essas tristes páginas. Como Wally Salomão disse a memória é uma ilha de edição. Dela a gente corta o que quiser e depois põe de novo...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Remedios x loucura

Tenho ultimamente enfrentado um feroz batalha contra certos medicamentos. Não desejo toma-los, mas o Grande Irmao, exige sempre que eu tome-os. Dizem que é para meu bem, mas não consigo acreditar. Pessoas que são falsas mentem o dia todo. E temos que conviver nessa grande mentira que é o mundo. Uma invenção em que a ética e a moral estão jogados para escanteio. Mas as pessoas ficam navegando nesse mar de mentiras sem saber pra onde ir. Aí vai uma dica: siga seu coração. Assim a vida fica menos penosa e mais aprazível. Mas aqueles que seguem seus corações vivem uma serie de dificuldades na triste vida. Ficamos sendo taxados de loucos, quando nossa loucura ja se acalmou. Mas a vida é mesmo assim, diria o sábio filósofo Pedro e seu companheiro Luís. O problema são os remédios que não ajudam a ficarmos sãos, mas sim nervosos, ansiosos. Mas a escolha é sempre minha, tomar ou não, levantar da cama ou não. Se eu voltar a ficar aprisionado nas quatro paredes sufocantes do meu quarto, aí sim a casa vai cair. Mas o máximo que faria seria me mudar para um ambiente mais agradável e menos mentiroso. Por enquanto é isso. Em breve mais notícias do triste retorno desse ser melancólico. Fui...

Poesia e etc...

by Marcelinha Oliveira



Comeu até seu último suspiro

Seria seu maior problema

Queria sentir a dor do mundo

Lamentar a fome da Somália

Sofrer a exclusão

Morrer de solidão

Nem com isso se importava

Talvez lutar pelo meio ambiente

E se lutasse contra a escravidão?

Não conhecia nenhum escravo

Gostaria de dar uma grande risada pensando na tristeza do mundo

Não era insensível o bastante

Cantaria pagode

Não seria tão ridículo

Sentia-se um paliativo

Era um fracasso mal sucedido

Não causaria incômodo

Preguiça de Ser

Nojo da palavra

Tédio da vida

Comeria.

Comer bem é a melhor vingança

Vingança do não Ser

Vingança da falta

Do excesso que não existe

Comeu até o último suspiro

Seria seu maior problema

terça-feira, 22 de abril de 2008

Idiota e o mundo

Quem é o idiota? Eu ou você? O mundo ou um louco?

Quem é ela?

Afinal de contas quem seria minha inspiração. Tenho medo de ser como a Janis, que sozinha se virava do pior jeito, mas conseguia se virar. Chamar a atenção e ser o foco do mundo. Acho que sou um pouco egocêntrico nesse sentido. Mas todos queremos crescer e sermos reconhecidos. Minha busca agora é pela inspiração, que meu pai me contou que está em todas as coisas. Nos pequenos detalhes. Talvez como um Benjamin que procurava perder-se na multidão para observar a Paris de seu tempo. Talvez eu não seja apenas um flaneur. Mas ainda não sei quem eu sou, então fica difícil encontrar a inspiração. Mas ela está ae. Nas belas paisagens, belas pessoas, amigas ou não. Talvez ela possa mesmo me vir do triste caso da menina Isabela. Pois é na tristeza que encontramos força para seguir em frente. Talvez ela venha mesmo do meu triste coração melancólico. Que não se satisfaz com pouco e gosta de ser amado sinceramente. Sem farsas, nem mentiras. O último suspiro restante de uma vida que já se passou. Não há mais vida em meu coração. Estou tentando recuperá-la. Mas alguém tenta não deixar. Calma. É tudo que tenho agora. Mas é difícil... Viver é muito perigoso, já alertava o jagunço Riobaldo Tatarana, no clássico do genial Guimarães Rosa. É preciso acabar com essa tristeza. Inventar novas alegrias...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O problema dos loucos

O problema dos loucos é que ninguém os entende quando eles já saíram da sua loucura. Quando querem ficar na sua, ou apenas em casa, ninguém entende. Todos acham que estam agitados, nervosos. Acho que a felicidade alheia incomoda. Quando você sabe do que passou, não quer voltar pra lá, mas eles não deixam. Os outros sempre sabem mais da suas necessidades do que você. Isso é um problema. Pois quando estamos bem, nada nos encolhe ou diminui. Pra que dar atenção para quem não fala a verdade sempre? As vozes não existem, não existe nada, nem ninguém. Só eu. Só, do jeito que sempre fui. Quem jogava bola sozinho no sítio? EU mesmo. Esse pobre mortal e boçal que vos escreve. Triste e alegre, como sempre fui. Nos momentos certos, faço o que penso, e nada nem ninguém vai conseguir me parar. Porque sou como uma máquina sem controle. Um louco, talvez, ou não. Uma pessoa normal que tem seus traumas e confusões. Mas que não quer voltar ao fundo do poço. Somente isso. Com medo. Medo é o pior dos sentimentos, aquele que paralisa a pessoa. Deixa-a sem armas para lutar. Mas quem já passou por lá não tem medo de voltar. O único medo que resta é de estar deprimido. Essa sensação, quem já a exprimentou não vai querer de novo. É o medo da morte que nos ronda. A todos nós, loucos e normais.

Poesia e etc...

O poeta animado

Hoje o poeta está animado
Seu coração está inspirado
Suas ventas se enchem de fumaça
Sua vida se esvai pelas mãos

Mas os amores estão distantes
A inspiração voltou a vida
Porém sem o grande amor
Será que ele existe?
Sera que está livre?
Será que será seu?
Será?
Ser...?
E agora João?
Fudeu..
fedeu..
se fu...

domingo, 20 de abril de 2008

Do sonho ao sono, ou tanto faz ao contrário - II

Na verdade na última postagem do Sono ao sonho, achei que estava acordando de novo. Não estava. Ainda entrei no sono, para tentar recuperar meus sonhos por algum tempo. Uma semana se me lembro bem. Mas foi o suficiente. Seja pela Venlafaxina ou por seu efeito placebo, tomei ela na quinta passada a noite e sexta, no meio da tarde resolvi acordar. Isso é estranho, que eu tenha permanecido fora de mim por mais de um mês e meio e resolvesse acordar tanto tempo depois. Mas as pessoas são assim. Cada um tem seu tempo. Eu tive o meu, longuíssimo. Mas com certeza por causa daquela injeção que contei mais abaixo. O tal do Haldol é que tava me capotando, ou domando. Agora, acordei. Novamente senti vontade de ler. E pasmem, quer queiram quer não, começei a ler a biografia de Janis Joplin, chamada Enterrada Viva, que uma certa pessoa me emprestou. Foi boa a sensação, voltar a fazer o que eu gosto, voltar a jogar PSP, sair do meu mundo privadíssimo do meu quarto moderno. Fiquei nele durante quase uma semana, saindo quase apenas para me alimentar e receber os vistantes quando vinham. Mas a vida para mim, naquela altura estava triste. Não sei bem o porquê ainda. A psicanálise talvez tente explicar. Outros podem achar que foi Deus que resolveu me iluminar de novo. Não importa, o que importa é que eu fiquei bem de repente. Não tinha voltado a escrever ainda, mas a leitura já me dava prazer novamente, ainda mais aquela. Sobre uma figura tão excêntrica, envolvida com drogas e cheia de sonhos. Aprendi com ela que o que importa são os sonhos. Sem drogas, mas os tais sonhos alimentam a esperança que nos segura nesse mundinho insólito. Depois falo mais sobre Janis, que foi uma figura ímpar, mas tão louca que acabou se matando nas drogas, eu acho... Vamos ver. Mas o que importa aqui é a minha vida. Que vou voltar a contar para vocês, detalhe por detalhe, do surto à volta por cima, amanhã. Hoje vou tentar entender o caso Isabbela. Muito trsite por si só. Para mim a vida é triste e ponto final.

Triste poeta

Triste poeta

Hoje acordou triste o poeta risonho
Não havia mais aquele amor
Fora extinta a chama?
Talvez sim, mas
Nessa separação o poeta sofre
Menos sofre internamente
Sofre o medo da falta de inspiração
Inspira e... ação!
para escrever
escreve
ve
ex?!...

Quem sou eu?

1) um burguês de classe média alta
2) um historiador?
3) um poeta?
4) Um palhaço do circo sem futuro?
5) um poeta?
6) em amante a moda antiga alucinado?
7) um louco e a toa?

Poesia e etc...

Tudo ou Nada

o Tudo as vezes é o vazio
Vazio preenche nada
que não quer saber do tudo
O tudo é o infinito
Infinito enquanto dure

Mas o mistério da existência
Não está no tudo
nem no nada
Está no vazio da existência

terça-feira, 8 de abril de 2008

Do sono ao sonho

Ontem descobri que se eum ser humano quiser ele pode dormir durante um dia inteiro. Tudo começou quando começei a ver o segundo episodio do Band of Brothers. Peguei no sono e quando ia acordar começava a lembrar do que eu esqueci, pensava nas possibilidades que esse ano ainda reserva... Mas hoje começei o dia do mesmo jeito, mas não acho que seja o sono a solução de meus problemas ou crises psicológicas. Começei a pensar que o sonho sim seria uma boa ajuda para aos poucos eu voltar a minha rotina normal. Perdi uma pessoa muito querida graças ao sono, agora tentarei recupera-la nos meus sonhos. Aqueles sonhos diurnos de que fala Ernst Bolch que alimentam a maior das paixões humanas: a esperança. Mas a espera cansa, mas devo retomar minhas atividades, pois o mundão ainda ta ae me esperando voltar...
Agora vou almoçar para ver no que dá.
abraços

domingo, 6 de abril de 2008

Poesia e etc...

Saudades

Vontade de te ter
loucuras pra te ver
a menten não pára de pensar
Na razão de tudo abortar

Coração bandido, banido
Privado de teu ser
Fica murcho, tolido
e mais triste o viver.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Solidão


Estranho.
Que sou eu?
De que matéria sou feito?
Amor?
Mas esse passa.
Paixão?
Essa ilude.
Coração.
Sábia opção

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Amor

Que estranha força é essa que nos leva a mover montanhas e cuja chama apaga sem percebermos? Por que a vida foi feita para amarmos, mas estamos sempre errando nesse quesito. Não foi a primeira queda amorosa nem a última, mas todas têm seu sofrimento e suas dores. É o amor que ilumina a vida e temos que vivê-la para amar. Sempre que passamos por momentos como esses, achamos que o mundo caiu sobre nossos ombros. Mas a vida não é assim. O mundo nos envolve com amores, e a família é o primeiro e melhor desses. Esses estarão sempre ao nosso lado, e o amor que nos transmitem nos ajudam a continuar nossa sina sem que o sofrimento invada nosso ser... Mas ela invade sempre, o medo da solidão, a angústia da melancolia. Mas o amor e assim mesmo desalmado, não nos avisa a hora de sair, muito menos de chegar. O importante é não perdermos a capacidade de amar, para que a inspiração da vida não se esvaia do nosso ser. amar é o triste destino quixotesco dos homens.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Religião e etc I

Como Super ID afirmava, seguindo Zeca Baleiro, minha tribo sou eu. Negavva a existêcia de Deus e acreditava, no máximo na entidade de algo superior no interior das almas humanas. Surpreedentemente essa opinião vem mudando de dois lado: um o raggae rastafari e sua pregação de paz e amor. Dois: o ótimo livro, do qual li a penas o primeiro capítulo, do Dalai Lama, chamado "Uma ética para o Novo Milênio". Numa análise geral ele nos mostra que não há condições no ocidenten e no oriente do homem encontrar sua paz espiritual. Guerra, doenças, assassinatos e até mesmo um certo desconforto devem encaminhar o homem para uma revolução interior espiritual.

quinta-feira, 27 de março de 2008

GALO e etc....

Ontem, infelizmente fui impossibilitado de comparecer à verdadeira festa do centenário no Mineirão. Estava lá em alma, não em corpo. Mas minha alma anda mesmo um pouco confusa e apressada, então paremos de falar dela. O jogo: burocrático. Danilinho precisa urgentemente treinar mais finalizações. É um ótimo velocista e assistente, mas péssimo finalizador. De negativo a saída do Marques que, eu acho, foi forjada. Não havia contusão não, espero eu e voces. Bom é isso, 100 anos de paixão. Que venham Petkovic e Castilho e nos tragam títulos. Com letras garrafais TÍTULOS.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Seleção Brasileira - I

Hoje assistimos ao tragicômico jogo do Brasil contra a boa seleção Sueca. Dunga deu um show, botou os garotos na hora certa. E o Pato, sem comentários. Já é um craque. Anderson e Rycharlison tmb merecem destaque. Mas se não fosse o gol do Pato, o jogo seria uma verdadeira merda burocrática. Só pra CBF arrecadar milhões que só deus sabe pra onde vão.

É isso. Escalação ideal: J. Cesar, Maicon, Lucio, Alex; Rycharlison e Josué, Diego e Robinho. Na frente Pato e L. Fabiano. Tem como segurar esse timão se todos jogarem o que sabem?

abraços

terça-feira, 25 de março de 2008

Diários do Rio de Janeiro - Parte semi-final

Diários do Rio de Janeiro

03/03/08

Dormi a viagem toda ao lado de um estranho. Embarquei na hora certa e demorei uns 30 min para dormir. Joguei 1 w11 e logo em seguida capotei. Acordei em JF e depois de perguntar para o estranho se estávamos em JF, prossegui a viagem roncando. Acordei logo antes da rodoviária do Rio. Lá chegando, procurei os caixas do BB e estavam todos fora do ar. Resultado: táxi de 35 até o aeroporto pra sacar grana, e em seguida ir para Santa Tereza. Consegui, depois do cara errar a rua, chegar no hostel, ou albergue, dizem que é a mesma coisa. Esperei por uma hora até o Darci resolver abrir a porta. Toquei umas cinco vezes, somente na última ele abriu. Enquanto esperava estreei meu cachimbo e joguei mais um W11. Cansei de esperar e toquei a campainha umas cinco vezes e ele resolveu acordar, eu acho.

Tomei um banho, pois o sol começava sair e estava ficando com calor. Já estava sem tênis há algum tempo, mas as calças e a camisa começavam a me incomodar. Depois do banho tomei um café com o Darci e fui direto para a ABLC. Dizia o Darci que era perto. Só pegar a rua tal e seguir, ia dar um jeito de chegar, pensei. Cheguei depois de muitas perguntas, e um PM fdp me fez subir um morro a toa, mas consegui chegar. Uns 15 a 20 min de caminhada. Mas a ABLC estava fechada. Toquei campainha e nada. Ninguém atendeu. Fiquei puto, é claro, mas resolvi ir para outro lugar. Voltei pro Hostel e segui rumo ao Arquivo Público do RJ, após um novo banho, é claro.

FiqueI impressionado com a burocracia e a eficiência do Arquivo Público. Uma verdadeira aula de preservação e organização da memória coletiva. Quanto à pesquisa, foi numa boa, achei tudo que precisava e mais alguma coisa. Fiquei no arquivo até umas 16 hs, quando, cansadíssimo, resolvi ir embora para, finalmente, descansar um pouco.

Em Botafogo, vi uma cena pitoresca. Um sujeito meio velho meio novo, fazendo bananeias em frente de todo mundo. O velhinho estava muito feliz, mas aquilo não incomodava nem a ele nem a ninguém que passava pelo local.

Banho

ABLC fechada

Rumo a Botafogo

Metrô

Em Botafogo – o velhinho plantando bananeira

APERJ

Casa Rui Barbosa tem que marcar antes

Voltei

Cansado mas subi a escadaria e as ladeiras

Fotos dos documentos

Almoço – Bonde até o fim – Picanha e outros petiscos

Trabalho – Edição das fotos

RANGO – Carioca, estação do bonde. Peguei o bonde andando, literalmente. Amanhão pulo dele andando também. O rango foi uma peça de picanha, com fritas, corações e aipim frito. E uma bela lingüiça também, para acompanhar uma latinha de skol.

CALABAR – o elogio da traição. A traição como virtude. Não de forma alguma. Brecht e a pátria que precisa de heróis. O que seria a traição? Um simples ato de traição ou então algo impensado? Seria simplesmente abandonar o pai e a mãe e sair de casa ou não? Seria simplesmente o ato de imaginar que você deseja alguém intensamente ou simplesmente adorar uma pessoa? Isso realmente eu não sei nem nunca saberei. Infelizmente. Pois a vida é mais fácil e mais tranqüila para os felizes. Por isso a felicidade me persegue como uma andorinha que voa baixo. Baixo mas perto. Sempre perto, tentando me alcançar mas sem nunca chegar. A felicidade está sempre ao nosso redor. Não adianta tentarmos nos esconder dela. Isso é impossível. Ela sempre nos quer e nós queremos ela. Mas ela nunca chegará se nós não corrermos atrás. Ela só vem quando a gente quer. E a vida é mesmo isso. Chegadas e partidas. Idas e vindas. Mas continuamos sempre... Para frente, isso deve ser uma verdade. Mas andamos rumo ao incerto. Sem rumo, perdidos. Sem pais, sem mães, sem mulheres, homens, mulatos, negros, brancos amarelos. Andamos sem rumo, rumo ao infinto (permito o pleonasmo pois é impossível não comete-lo.) O fim da vida, ou das contas, é sempre o medo. A solidão. Mas sempre ficamos tristes com a possibilidade de partida. Dessa vida ou de outra. Nos ensinaram assim. Infelizmente temos que partir dessa para uma melhor. Ou pior. Ou não. Ou sim. A vida é sempre assim. Triste e contente. Dialética nos termos, mas prática na vida. Ela é assim pois fomos feitos para amar. Todos e uns aos outros, sem medo de sofrer e de magoar, sem medo de fazermos o que queremos sem ligarmos para os padrões e o que a sociedade nos informa. Isso é fato. Digo, mas não sei de nada. Sou apenas um aspirante a poeta como você, ou outra pessoa. Somos assim mesmo, sonhadores, ambiciosos, mas nunca conseguiremos tudo o que queremos. Vinicius. Esse será certamente o nome do meu filho. O primeiro de muitos. Tomara. A vida é assim. Feita de pais e filhos, feita de tensão, tesão. TESÂO. Isso é o que nós queremos. Isso é o que nos faz viver. Dinheiro para que? Podemos caminhar, pensar, cantar, tocar, não tocar, ou simplesmente ficarmos sós. Solidão é algo angustiante, não devo esconder de você. Mas infelizmente é somente sozinhos que resolvemos nossos problemas. Ninguém nunca poderá nos ajudar. Pois somos apenas um homem, ou uma mulher. Ou então somos tudo isso junto, ou separado, sei lá. Somos feitos do pó. Ao pó voltaremos. Tristes ou felizes? Depende de nós. Perdoe-me o chavão, mas é assim que a vida funciona. Se é que realmente sei algo dela, pois sou apenas um jovem. Um jovem como qualquer outro, mas que não sabe que rumo tomar. Por isso, digo-lhe faça o que tu queres, pois é tudo da lei. Depois disso, se morreres, meu caro leitor, se é que tu existes, seremos felizes. Aonde?Em qualquer lugar que não seja aqui. Onde estou, como estou, como faço as coisas. Mas isso são apenas devaneios de um pseudo-poeta, falso moralista, tentativa de professor, historiador de meia-tigela. Mas enfim, fazes o que queres e sejais felizes. Pois a felicidade é um dom que vêm de Jah, ou não. Pode vir de Deus. Por que?

Se deus existe ele mora dentro do seu coração. E é voe quem pode acha-lo, da forma que bem entender. Cada um diz o que pensa. Faz merda. Eu fiz até uma hoje. Literalmente. Mas a vida é mesmo duro. Resta-nos a escolha. Viver ou sofrer. Eu prefiro viver sendo feliz. Quando posso. Quando quero. Quando preciso. Quando não dá pra ser triste. A vida é um grande teatro em que todos somos atores. Atores da Divina Comédia Humana, em que Dante nem existe, desde que você não queira. Tudo depende apenas de uma única pessoa. Você. Eu? Não sou ninguém. Como diria meu xará, aquele que pensa e o chamam de Pensador, eu sou mendigo, indigesto, indolente, vagabundo. Eu sou o resto do mundo. E você o que faz para mudar seu mundo? Cria sereias e bichos imaginárias ou simplesmente não faz nada. Se você consegue ser um desses, eu simplesmente o admiro. Pois que mortal gostaria de trabalhar arduamente de segunda a segunda e ainda ter que escrever essas tristes páginas para desabafar um problema tão comum na vida dos outros. Mas enfim caboclo. Isso faz parte da vida. Viva-a intensamente a cada milhonésimo de segundo, pois ela passa rápida e o motorista não para o ônibus. Ai ai. HAHAHAHAHHAHAHAHAHAH.

A sereia que ainda não achei. Lá embaixo? Será?

Filminho básico. Caçador de pipas! Muito bom.

O cachimbo e os fósforos ruins. O isqueiro não funciona nem a paulada! Merda. Comprei gato por lebre.

Bananas a noite, pra não ter câimbra amanha. Água, muita água e algumas baforadas.

Musica – Tom, Zeca Baleiro e Fagner.

TRABALHO. Leitura dos documentos. Achei o Jefferson Cardim. Foi preso em Ilha Grande, a Ilha do Diabo, como a chamavam. Muito triste a leitura dos documentos. O do Manoel da Conceição foi barra pesada, o cara é muito foda de tar vivo e são até hoje. Amanhã posto o documento no blog.

Quero dormir, vamos ver se consigo daqui a pouco...

Amanhã muito cordel na veia. Recebi a ótima notícia que vai rolar o Curso Livre mesmo. Demorou. Amanha, pra comemorar, muito cordel o dia inteiro, na veia, e também o evento de comemoração dos 90 anos da morte de Leandro Gomes de Barros. Comemorar não, melhor seria dizer celebrar.

Tomara que a ABLC abra suas portas amanhã cedo.

04/03/08

Acordei as 9 hs

Tomei café e já parti para a ABLC cedo.

Passei no hostel

Depois a BN.

16 hs em casa

Buteco do serginho

Cigarro picado ou a varejo?

Bate-papo com nativos do sta. Tereza

O rango com a sandra e sua amiga e o doidão

O papo e o interesse.

Vai rolar?

Centenário do Galo

Hoje comemoramos o centenário do glorioso Clube Atlético Mineiro.
O time, ainda não está na forma ideal, mas o Marques provou contra o Tupi que ainda é o cara do Galo.
Petkovic no Galo é um sonho, tomara que se torne um ídolo e entre em forma, resolvendo o problema do meio campo do Galo.
Se não for ele, será certamente o Rodrigo Tabata, que não é craque, mas um ótimo meia-armador. Desses que anda difícil encontrar no mercado
abraços alvinegros

segunda-feira, 24 de março de 2008

Diários de um Melancolico - Parte semi-final ao quadrado



Hoje estive no CLovis, meu psicanalista.
Ele disse que só posso sair de casa com minha mãe. Édipo na veia.
Tomei uma injeção agora que doeu um pouco, de um remédio que chama Aldol.
Acho q estou de alta da Clinica Psiquiatrica, mas ainda estou um pouco louco. Ou gênio. Na verdade poeta vagabundo.

Mais tarde descrevo mais das minhas emoções para vocês, caros leitores.
Abraços apertados no coração de vocês.

domingo, 23 de março de 2008

Futebol e etc I- V

Galo x Tupi - confesso que meu coração ficou dividido, pois sou juizforano de coração mas atleticano de nascença. O Geninho e o Marques deram um show e o Galo desbancou o lider. Quebrou a invencibilidade do Tupi. O time no segundo tempo jogou muito melhor com Mario Araujo deslocado para direita, o Eduardo como meia de ligação e o Marinho na frente. Falta muito ainda para sermos campeões, mas estamos no caminho certo. Juninho também mostrou que é o próximo da saga Bruno, Diego, etc. Acho q o Augustin Viana nao pode comer banco pro Feltri. é isso 3 a zero ta de bom tamanho.

sábado, 22 de março de 2008

NBA e etc I




Ontem tive a oportunidade de assistir ao jogo do Denver x Nets. Uma pena o Nene ainda nao ter voltado as quadras, mas logo voltara, com a força que mandamos energias positivas. Fica aqui minha torcida. Quanto ao jogo o Denver ganhou com atuação destacada da Dupla Iverson-Carmelo Antony. No lado dos Nets, destaque para Vince Cater com mais uma atuação fantástica.
Depois analiso com mais calma q vou tomar cafe.
ate a proxima

sexta-feira, 21 de março de 2008

Utopias de um beato qualquer

O Jornal do Brasil, no dia primeiro de fevereiro de 1981, publicou um caderno especial intitulado “A Chacina do Caldeirão”1. Aos leitores cariocas deve ter causado certo estranhamento essa matéria, que falava de uma “conspiração do silêncio” sobre o episódio ocorrido no Ceará nas décadas de 1920 e 1930. O caminho mais fácil para quebrar esse estranhamento foi o de associar a experiência do Caldeirão a uma outra, mais próxima dos leitores cariocas. Assim, segundo reportagem publicada no mesmo jornal em 13 de fevereiro de 1982, Caldeirão seria um “Canudos Menor” e o tal beato Lourenço teria reeditado Antônio Conselheiro. 2 Mas se essas histórias, do Caldeirão e do beato José Lourenço, eram pouco conhecidas dos leitores do Jornal do Brasil, para os nordestinos era diferente. O folclore, a literatura de cordel e mesmo a tradição oral se encarregavam de não deixá-las cair no esquecimento. Especialmente na região do Cariri, ao sul do estado do Ceará, as histórias sobre o beato Lourenço, seu boi Mansinho e a comunidade do Caldeirão povoavam o imaginário popular. A reportagem do jornal do Brasil, portanto, alçava ao plano nacional a história desse beato, permeada de mitos e lendas, que tanto fascinava os moradores do Cariri. Uma história em que religiosidade popular e política se fundem, e que se inicia em fins do século XIX.

A trajetória pública do beato começa na década de 1890, quando se tornou discípulo do Pe. Cícero Romão Batista e, com o seu auxílio, fundou uma comunidade no sítio Baixa D’Antas, próximo à Crato, no Vale do Cariri. Ali permaneceria até o ano de 1926, quando é forçado a abandonar a propriedade e rumar para outro sítio, conhecido como Caldeirão dos Jesuítas. Lá Zé Lourenço organizaria outro grupo, que seria duramente perseguido pelas autoridades policiais nos anos de 1936 e 1937. Nesse ano foi obrigado a deixar o sítio do Caldeirão e se dirigiu para Exu, cidade vizinha no estado de Pernambuco. Organizou ali uma outra comunidade, de menor visibilidade, seguindo os mesmos princípios das de Baixa D’Antas e do Caldeirão. Viria a falecer no ano de 1946. Ao longo de toda sua trajetória, o beato José Lourenço parece ter encarnado, através do trabalho disciplinado com a terra, o desejo e a esperança dos sertanejos por uma vida mais justa ou menos desigual. Suas comunidades forneciam, portanto, uma outra possibilidade de vida, em que a fartura e a abundância substituíam a penúria e a seca dos sertões nordestinos.

A rigor, as fontes que permitem resgatar a trajetória de José Lourenço podem ser divididas em dois conjuntos: um primeiro - compreendendo reportagens de jornal e um relatório policial compilado em livro - traduz uma visão oficial sobre o beato, no mais das vezes endossando a idéia de fanatismo. O segundo conjunto de fontes - formado por entrevistas de contemporâneos e ex-moradores das comunidades lideradas pelo beato, folhetos de literatura de cordel, um romance, e duas peças de teatro -, permite acessar a forma como o imaginário popular construiu a personagem de José Lourenço.

Todavia, identificou-se que ambos os conjuntos documentais privilegiam um momento específico da trajetória de Zé Lourenço: a comunidade do Caldeirão. Assim, esta pesquisa buscou um deslocamento de olhar, visando recuperar a passagem do beato de sua vida privada para o mundo público. Tornou-se, portanto, necessário traçar um relato biográfico de José Lourenço focando especialmente o momento em que ele ascendeu à vida pública, através da comunidade de Baixa D’Antas.

Rumo a Juazeiro

José Lourenço Gomes da Silva, o futuro beato Zé Lourenço, nasce em Pilões de Dentro, na Paraíba, para alguns em 1870, para outros em 1872. 3 Filho de Lourenço Gomes da Silva e Tereza Maria da Conceição – negros alforriados -, ele aprendera desde cedo com seus pais o trabalho com a terra e com o gado. Por volta de 1886, o ainda jovem Lourenço fugiria de casa, com medo de uma surra que o pai lhe prometera. Segundo depoimento de João da Silva, que conviveu durante muito tempo com Zé Lourenço, assim se dera o fato:
“Porque o pai dele (José Lourenço) era muito grosseiro com ele. Era desses véi carrasco. (...) Aí um dia ele chegou em casa. Só porque ele foi na casa de uma pessoa conhecida de lá. Aí acontece que o irmão dele disse assim: Zé, teu pai vai te dar uma surra de matar, pois ele soube que você foi pra casa de fulano (...) Aí ele saiu. Passou foi tempo fora de casa (...)”4

A severa pedagogia do cipó e do marmelo utilizada pelo pai incomodara Zé Lourenço, e ele decidira tomar seus rumos próprios. Aparentemente, seu primeiro destino após sair de casa foi a região de Serraria, no mesmo estado da Paraíba. Ali permaneceria durante um tempo trabalhando como vaqueiro, amansando cavalos, jumentos e burros. As condições de trabalho não eram as melhores, mas José Lourenço conseguia se manter. Segundo João da Silva: “Aí, ele, lá mesmo onde ele trabalhava, ganhou dinheiro. Comprou um cavalo muito bom, bem arreiado. Aí roupas boas, ternos bons...”5.

Alguns anos mais tarde ele resolveria voltar a Pilões de Dentro para rever seus familiares. Lá chegando não os encontrou e teve notícia de que haviam partido rumo à Juazeiro do Norte, no Ceará. Assim como milhares de nordestinos, seus pais tinham seguido em romaria, buscando a benção do Padre Cícero. Com efeito, após os supostos milagres ocorridos naquela região no ano de 1889, ela se transformou em uma espécie de Meca sertaneja. A hóstia que teria se transformado em sangue na boca da beata Maria de Araújo era vista como um sinal divino. Milhares de desvalidos, doentes e flagelados acorreram, assim, para Juazeiro, acreditando que ali se faria a redenção; e a benção do Padim Ciço lhes daria a salvação eterna. 6

José Lourenço, determinado a reencontrar sua família, juntou-se a um grupo de romeiros que partia de Pilões de Dentro. Durante a viagem, à noite, incomodava-se com os benditos cantados pelos romeiros: “Ele achava aquilo muito esquisito. Porque ele num tinha costume, negócio de bendito, essas coisas assim. Ele num tinha costume”7. Chegando em Juazeiro, logo separa-se dos romeiros e vai à procura de sua família. Sem grandes dificuldades consegue encontrar a casa onde seus pais moravam.

A chegada em Juazeiro do Norte, por volta do ano de 1890, daria novos rumos à trajetória do jovem Lourenço. Encontrara uma cidade em rebuliço, o misticismo e a religiosidade popular fervilhavam através da figura do Pe. Cícero Romão. Em pouco tempo Lourenço fez amizade com um grupo de beatos. “Aí o pai achava ruim. Pensava que ele andava por ambiente, não sabe? Os ambiente ruim”.8 Contrariando a vontade do pai, José Lourenço tornou-se beato. Isso significava, à época, a opção por um modo de vida simples, pautado pelos princípios da religiosidade popular. Além disso, o beato “veste-se à maneira de um frade: uma batina de algodão tinto de preto, uma cruz às costas, um cordão de S. Francisco amarrado à cintura (...)”.9

Ao assumir a condição de beato, José Lourenço tornou-se celibatário e passou a viver de esmolas e caridades. Além disso, em pouco tempo ingressou também em uma ordem de penitentes. Esses se reuniam à noite - em capelas, cruzeiros, cemitérios ou em cruzes de estrada – e praticavam rituais de auto-flagelação como forma de purificação do espírito. Imbuído do espírito religioso de Juazeiro, em pouco tempo José Lourenço tornou-se um discípulo do Pe. Cícero. O poeta Abrãao Batista, em seu folheto de cordel História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho, recria como teria se dado o encontro entre José Lourenço e o Pe. Cícero:

“Padre Cícero disse assim
há muito que o esperava
você vem pra essa terra
ajudar-me nessa lavra
e cuidar do meu povinho
que a ignorância entrava
(...)
Padre Cícero deu-lhe aí
ajoelhado, uma cruz
dizendo: José Lourenço
só volte aqui com Jesus
vá descontar as maldades
Pra achar a eterna luz”10

A formação do beato

Em pouco tempo a experiência de vida em Juazeiro do Norte operara uma transformação em José Lourenço. Não era mais aquele jovem rebelde, que fugira de casa com medo do pai. Nem mesmo aquele homem que se irritara com os cantos dos romeiros que lhe ajudavam a achar sua família. Seu coração fora tocado pelo clima religioso da cidade. Tornara-se o beato Zé Lourenço, discípulo do Pe. Cícero, e passou a mover-se não mais em função de seus interesses, mas pelos ideais de caridade e piedade. Seu mestre, o Padim Ciço, o aconselhara a ocultar-se em penitências para purificar-se. Assim o beato Lourenço fez. Não se sabe ao certo quantos anos ele permaneceu oculto. 11 Segundo o poema A Santa Cruz do Deserto, de José Bernardo Batista, o beato “se retirou de repente/ Internou-se nas montanhas/ Foi viver ocultamente/ Fazer orações/ Na vida de penitente/ (...) Assim passou muitos anos/ Pelos bosques internado/ Até quando meu padrinho/ Mandou a ele um recado (...)”12


Pe. Cícero percebera, no convívio com José Lourenço, sua capacidade de liderança e sua vocação no trato com a terra. Aconselha, então, o beato a largar a penitência oculta e voltar a trabalhar nas roças. Em seu poema, Abrãao Batista recria o diálogo entre o Padim e o beato:

“Ele disse pra Zé Lourenço:
não quero mais você assim
lhe afirmo com clareza
e responda pra mim
a penitência é oculta
e hoje ponha-a no fim

Eu pergunto se as árvores
Com você elas aprendem?
José Lourenço disse: não
Não aprendem nem entendem
- E as árvores do céu amiguinho?
- Não senhor, nem se ofendem

Eu pergunto José Lourenço
Se alguma cousa ensinou
Aos bichinhos daqueles matos
E se com as pedras falou?
Zé Lourenço disse: Padrinho
São tão mudas como estou.

Então meu caro amiguinho
Não o quero dessa maneira
Você vem pros seus irmãos
Ensinar aqui na feira
Vai morar em Baixa Danta
Orientar a cabroeira”13

Seja seguindo os conselhos de Pe. Cícero seja por decisão própria, o fato é que por volta do ano de 1895 o beato Lourenço larga as penitências ocultas e retorna a Juazeiro. Mas tanto o beato quanto sua família não se adaptaram à vida naquela cidade. Haviam sido criados nas fazendas, trabalhando com a terra e cuidando do gado, e não se acostumavam à vida urbana de Juazeiro. Com a ajuda do seu Padim, o beato consegue arrendar uma porção de terras de um sítio chamado Baixa D’Antas, próximo à Crato, cidade vizinha de Juazeiro. Parte, então, para Baixa D’Antas acompanhado de sua família e de um grupo de trabalhadores rurais. Segundo depoimento de Marina Gurgel, que morou no sítio do Caldeirão, Pe. Cícero teria aconselhado Zé Lourenço:
“José, eu vou lhe botar num sítio pra você trabalhar, porque tá me chegando muita gente, muita gente pode ficar aqui na cidade, gente de negócio, mas esse povo da agricultura, é tudo que tem em dia pra a agricultura. Então eu vou lhe botar em Baixa D’Anta. Você vai trabalhar e todo o povo que chegar para a agricultura eu mando para lá”.14

A comunidade de Baixa D´Antas

O terreno em Baixa D’Antas, para onde o beato se dirigia, era até então uma terra “árida e encapoeirada”15, improdutiva, típica da caatinga dos sertões. Lá chegando, Zé Lourenço tratou de organizar os trabalhadores que haviam o seguido para tornar a terra produtiva. Surgia assim, em Baixa D’Antas, a primeira comunidade liderada por José Lourenço, que se manteria até o ano de 1926. Em pouco tempo, através do trabalho coletivo e disciplinado, a aridez de Baixa D’Antas transformava-se em um “belo pomar, otejando (sic) em pleno desenvolvimento, plantados alguns milhares de laranjeiras, mangueiras, jaqueiras, limeiras, coqueiros, limoeiros, abacateiros, mamoeiros, bananeiras e cafeeiros, ao lado de uma bem cuidada cultura de algodão, cereais e de outras diferentes qualidades de plantas e hortaliças”.16

José Lourenço destacava-se na liderança da comunidade. Não apenas pelas habilidades que tinha no trabalho com a terra, mas também como guia espiritual. O beato ia periodicamente à Juazeiro e mantinha uma relação próxima com o Pe. Cícero. Os moradores de Baixa D’Antas passaram a vê-lo como um conselheiro. Transformara-se no “padrinho Lourenço”. Seu espírito caridoso atraia cada vez mais romeiros que chegavam a Juazeiro buscando a benção do Pe. Cícero. Em Baixa D’Antas não havia propriedade, todos trabalhavam e todos colhiam os frutos. Segundo depoimento de um contemporâneo, lá “juntou um batalhão de 2000 pessoas. Aí trabalhava muito homem trabalhador. Dava de comer ao povo e fazia as orações deles (...)”17. Não havia critérios para fazer parte da comunidade de Baixa D’Antas, bastava que se estivesse disposto a levar uma vida pautada pela fé e pelo trabalho.

O sítio prosperou com relativa tranqüilidade até o ano de 1914. Nesse ano Juazeiro do Norte virou palco de uma batalha entre tropas enviadas pelo governador Franco Rabelo e jagunços liderados por Floro Bartolomeu. O conflito ficou conhecido como Sedição de Juazeiro ou Guerra de 1914.18 Pe. Cícero, importante aliado político de Floro Bartolomeu, convocava seus fiéis para a defesa de Juazeiro. José Lourenço também foi para essa região durante o conflito, mas não se envolveu diretamente com os combates. Como em Baixa D’Antas havia fartura, o beato limitou-se a fornecer alimentos aos jagunços que lutavam em nome de Floro Bartolomeu e Pe. Cícero.

As tropas rabelistas foram derrotadas em Juazeiro, mas não deixariam de fazer estragos nas redondezas. O sítio Baixa D’Antas, enquanto o beato se encontrava em Juazeiro, foi invadido. As benfeitorias que permitiam a fartura da comunidade foram destruídas. As casas foram incendiadas. As atrocidades cometidas mantiveram-se vivas na memória de Antônio Inácio da Silva, seguidor do beato:

“o velho [Bernardino] ia saindo com duas crianças escondidas num balaio. Por que matavam tudo. E viu de longe sua filha ser cortada no meio, de duas bandas. O velho não podia fazer nada. Viu a filha ser cortada de longe e fugiu com os dois netos. O fogo foi grande. Na Baixa Dantas a folha de marmeleiro ficou tostada”.19

Zé Lourenço retornaria a Baixa D’Antas após o fim dos combates e não se abalaria com a destruição encontrada. Reorganizou a comunidade e, em pouco tempo, a fartura voltou a reinar no local. Fartura essa que transformou o beato em uma figura pública. Os coronéis da região se incomodavam com a comunidade liderada por José Lourenço. Isso porque Baixa D’Antas passou a atrair a mão-de-obra que antes se dirigia aos latifúndios. Começaria então uma campanha para diminuir o prestígio de José Lourenço, e as acusações de fanatismo e fetichismo não tardariam a tomar as páginas da imprensa cearense.

Boi Mansinho

Na década de 1920, um episódio traduziria de forma especial essa campanha desencadeada contra Zé Lourenço: a história do Boi Mansinho. Tudo começou quando, por volta do ano de 1900, Pe. Cícero recebeu de presente, do industrial alagoano Delmiro Gouveia, um boi da raça zebu. Não tendo onde criar o animal, e demonstrando confiança em seu discípulo, ele deixa o boi sob os cuidados do beato Zé Lourenço. Pelo seu temperamento calmo, logo ele passa a ser chamado Mansinho. Como se tratava de um “presente” do Padim Ciço, os moradores de Baixa D’Antas tratavam com grande apreço o animal. Além disso, por ser um gado de raça, em pouco tempo Mansinho, usado como reprodutor, melhoraria o rebanho local, até então formado apenas por gado “pé-duro”, ou seja, um gado resistente, mas de pouca categoria para a produção de leite e carne.

Depois da Sedição de Juazeiro, os adversários políticos de Floro Bartolomeu e do Pe. Cícero se aproveitaram de um boato surgido em torno do boi Mansinho para divulgar a idéia de que José Lourenço e seus seguidores eram fanáticos e adoravam o animal como um santo.20 Circulou a notícia de que os moradores de Baixa D’Antas consideravam o Boi Mansinho como milagreiro, utilizavam sua urina na cura de doenças e raspas de seu casco como amuleto. O bispado de Crato, incomodado com a influência desse padre na região, ajudou a propagar essa idéia e passou a pressionar Floro para dar fim àquele “antro de fanáticos”. Novamente, como na Sedição de Juazeiro, uma disputa política alheia à comunidade de Baixa D’Antas, interferiria na trajetória de José Lourenço. Ele passou a ser o principal acusado de estimular o fetichismo em torno do “Boi Santo”.

Chega à Baixa D’Antas, em 1923, a notícia de que Floro Bartolomeu mandaria prender o beato. Esse resolve, então, apresentar-se voluntariamente ao político. Na peça de teatro A Irmandade da Santa Cruz do Deserto, Oswald Barroso recria, satiricamente, o encontro entre os dois:

“BEATO: Dr. Floro, pronto Dr. Floro, aqui estou.
FLORO: Com quem é, homem, que eu estou falando?
BEATO: O senhor está falando com o Beato José Lourenço, da Baixa D’Anta, preto, alto, desilustre, incapaz de estar diante de vossa presença.
FLORO: Mas homem, com quem é mesmo que eu estou falando?
BEATO: O senhor está falando com o Beato José Lourenço, da Baixa D’Anta, preto, alto, desilustre, incapaz de estar diante de vossa presença.
FLORO: Com quem é, homem, que eu estou falando?
BEATO: Com o Beato José Lourenço, alto, preto e desilsutre, incapaz de estar na vossa presença!
FLORO: Pois, negro, você está preso!”21

De fato, ao apresentar-se a Floro Bartolomeu o beato é preso. Não bastasse a prisão sem um crime que a justificasse, Floro ainda mandaria matar o Boi Mansinho em frente à prisão. A carne do animal foi oferecida ao beato José Lourenço, que se recusou a comê-la. Ele teria passado “pra sete, oito dias, nove dias, dez dias e descambou, foi para dezessete dias...! Sem comer...! O soldado era quem comia. (...)”22

Em discurso na Câmara Federal, no dia 13 de setembro de 1923, Floro Bartolomeu deixaria registrada sua versão dos fatos:

“Depois das perseguições religiosas ao Padre Cícero, começaram a fazer circular que Zé Lourenço, não tendo mais vida de penitente, abusava da crendice do povo, apresentando o ‘touro como autor de milagres’.
Então se dizia que a urina do animal era por ele distribuída como eficaz medicamento para tôdas as moléstias; que dos seus cascos eram extraídos fragmentos para, em pequenos saquinhos, serem pendurados no pescoço, como relíquias, à moda do Santo Lenho; que todos se ajoelhavam em adoração diante do touro e lhe davam de beber mingaus e papas; enfim, tudo quanto uma alma perversa possa conceber.
Quando se procurava apurar a verdade, ninguém sabia informar, a começar pelos proprietários do sítio onde Zé Lourenço residia e trabalhava como rendeiro.
Os padres, não sei sob que fundamento, repetiam essas banalidades.
(...)
Não sei quem informou o mesmo Zé Lourenço de que eu ia mandar prendê-lo.
O negro, supondo exata a notícia, no terceiro dia apareceu em minha residência. Foi quando o conheci pessoalmente.
Mandei prendê-lo, e, apesar das suas declarações, dêle obtive a promessa de ir morar no Juazeiro, para evitar os boatos.
Ao mesmo tempo fiz vir o touro e, de acordo com o Padre, vendi-o para corte, sob a condição de ser abatido em frente à cadeia.
Ao chegar a notícia do Crato, de que Zé Lourenço não mais voltaria ao sítio Baixa Danta, indo fixar residência no Juàzeiro, recebi diversos telegramas, cartas e visitas de homens respeitáveis da cidade vizinha, empenhando-se para que eu não retirasse Zé Lourenço do seu sítio, tal a falta que êle fazia aos proprietários, pelo auxílio que lhes prestava nos trabalhos de agricultura, e em outros préstimos.
(...)
Consenti na volta do negro ao seu sítio, e assim terminou a história ‘das mil e uma noites’ do touro Mansinho” 23

Em meio às disputas políticas de Floro Bartolomeu, ou à desavença religiosa entre o Pe. Ciçero e o Bispado de Crato, José Lourenço tornara-se o bode expiatório. Na realidade, com a prisão de Zé Lourenço e a morte do Boi, Floro buscava desfazer a imagem de que era um deputado defensor de “fanáticos e cangaceiros”. Somente após a interseção do Pe. Cícero e de algumas figuras notáveis de Crato, o beato é solto e retorna a Baixa D’Antas. Nas memórias daqueles que conviveram com José Lourenço, restou a indignação quanto ao episódio:

“Vi no dia em que Doutor Floro mandou matar o boi. Obrigaram o pobre negro a ficar na grade olhando. Quando disseram ‘vamos matar o boi’, deram uma pancada na cabeça, aí eu corri, não quis vê mais, mas que muita gente não quis comer a carne do boi. Eles estavam dando, mas ninguém queria. “É do boi de Zé Lourenço, eu não quero.”24

Mas José Lourenço não guardaria ressentimentos de Floro Bartolomeu. Dizem mesmo que, à época em que esteve preso, ficou amigo do político, passando, depois de solto, a almoçar na casa dele quando ia à Juazeiro.

O início do Caldeirão

De volta à Baixa D’Antas o beato encontraria parte de suas lavouras destruídas, pois haviam soltado uma boiada na roça.

“Aí ele coçou a cabeça. Aí pensou assim: vou procurar me indenizar com meus esforços. Vou trabalhar de novo. Aí começou a trabalhar. De novo trabalhou, trabalhou. Num tava do mesmo jeito, o terreno lá, muita coisa (...)”25

Todavia, seus esforços de reerguer a comunidade seriam interrompidos em 1926. Nesse ano, João de Brito, proprietário do sítio arrendado pelo beato, resolvera vender sua propriedade. O comprador não aceitara a permanência da comunidade naquela porção de terras. Sem resistir, o beato, acompanhado de seus seguidores, rumou, então, para Juazeiro do Norte.

Reconhecendo a importância da experiência liderada por José Lourenço, o Pe. Cícero o autoriza a se assentar em outro sítio próximo a Crato, que seria de sua propriedade, conhecido como o Caldeirão dos Jesuítas.

Ali, o beato iniciaria uma nova aventura, através da comunidade do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, que teria repercussões nacionais e o levaria àquelas páginas do Jornal do Brasil.


anchor1 - Jornal do Brasil, 01/02/1981.
anchor2 - Jornal do Brasil, 13/03/1982.
anchor3 - Não foi possível encontrar documentos que comprovem a data exata de nascimento de José Lourenço.
anchor4 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
anchor5 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
anchor6 - Sobre os milagres de Juazeiro ver: DELLA CLAVA. Milagre em Joazeiro.
anchor7 - Depoimento de João da Silva, contemporâneo do beato. In: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.39.
anchor8 - Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p.40.
anchor9 - MONTENEGRO. Fanáticos e Cangaçeiros. p.26
anchor10 - BATISTA. História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho. p.2.
anchor11 - Não há fontes que indiquem com precisão quantos anos o beato ficou oculto em suas penitências.
anchor12 - Apud: ALVES. A Santa Cruz do Deserto. p.72
anchor13 - BATISTA. História do beato José Lourenço e o Boi Mansinho. pp. 3-4.
anchor14 - Apud: ALVES. A Santa Cruz do Deserto. p.71
anchor15 - O Povo, 07/06/1934.
anchor16 - O Povo, 07/06/1934.
anchor17 - Depoimento de José Honório, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p.27.
anchor18 - Sobre a sedição de Juazeiro ver: FACÓ. Cangaçeiros e Fanáticos.
anchor19 - Apud: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p. 28.
anchor20 - Esse boato, do qual não foi possível encontrar comprovação, dizia que um trabalhador rural, ao pagar uma promessa, oferecera capim roubado ao boi Mansinho, que se recusara a comê-lo.
anchor21 - BARROSO. A Irmandade da Santa Cruz do Deserto. pp. 26-27. Essa versão do encontro entre Zé Lourenço e Floro Bartolomeu é semelhante à descrita por alguns ex-moradores do Caldeirão. Ver: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder.
anchor22 - Depoimento de Henrique Ferreira, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p.30.
anchor23 - Apud: MACEDO. Floro Bartolomeu – o caudilho dos beatos e cangaçeiros. pp.50-52.
anchor24 - Depoimento de José Pajeú Filho, contemporâneo de José Lourenço. In: CORDEIRO. Memórias e Narrações na Construção de um líder. p. 96.
anchor25 - Depoimento de João da Silva, contemporâneo do beato. Apud: RAMOS. Caldeirão: um estudo histórico sobre o beato José Lourenço e suas comunidades. p. 47.