segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Poemas e etc

À Carolina

Apesar da pouca idade, Carolina
Tens uma beleza de mulher de verdade
Não és mais uma menina
Tampouco mulher de idade

No tempo estás suspensa
No coração guardada
Tua alma intensa
Desejo que me seja dada

Um olhar que seduz
A quem tentar decifrar
Ta qual um raio de luz
Capaz até de matar

Feliz eu morreria
Se ao menos puder
Sentir a alegria
De saber que você me quer

Uma beleza como a tua
É fonte de inspiração
Como a noite e a lua
Vives em minha imaginação
21-09-09

domingo, 20 de setembro de 2009

Poemas e etc

Loucura do amor irreal
18/09/09

Entrego-me à loucura
Desse amor desconhecido
Que me trás a fartura
Dos desejos quase esquecidos

Caístes do céu em meu colo
Uma dádiva inesperada
Onde buscar consolo?
Se esse amor não der em nada?

Mais que a beleza
Que em ti não tem limites
Invade-me a certeza
Que em mim tu existes

Nos fundiremos em um só ser
Durante o tempo que nos for dado
O amor irá nos recolher
Á eternidade estaremos ligados

Poemas e etc

Um pedaco de nos dois

Saí do seu ventre
Um pouco apressado
A partir daí para sempre
Estarei ao teu lado

Do hospital me tirastes
Apesar de fraquinho
A saudade que sentistes
De me deixar sozinho

O franzino cresceu
Sempre contigo aprendendo
Uma coisa nunca esqueceu
No amor nunca se está devendo

Vieram alguns problemas
Que só fizeram reforçar
Apesar de todos os dilemas
Nunca mais a faço chorar

Tive meus amores
Minhas desilusões
Em teu colo cheio de dores
Chorei minhas paixões

Também te vi chorar
Tentei mostrar-me forte
Meu peito a despedaçar
Esperando-lhe melhor sorte

Juntos até aqui chegamos
E até a eternidade estaremos
Com a certeza que nos amamos
E nunca nos abandonaremos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Poemas e etc

Inspiração

Cadê tu? Que andas sumida?
Sumiu o amor?
Acabou a dor
Voltas pra minha vida

A lua subiu
A noite chegou
Você voltou?
A palavra saiu

Porque foges de mim?
Se me sinto pleno contigo?
Faça o favor, de ficar comigo
Ou à solidão digo sim.

Sozinho, me embriago
Vives em meu sonho
Ainda que seja vago
E por fim, acordo risonho.

sábado, 5 de setembro de 2009

O (tênue) limite do real x virtual

Vivemos num mundo em que o atual já é velho em segundos. Tudo fica obsoleto antes de nascer. O tempo passa numa velocidade incrível. Perdemos a noção da realidade devido a esses fenômenos. Com a informatização do mundo, cada vez mais nos perdemos entra a realidade e o virtual. A exposição nunca foi tanta. A informação nunca teve um nível tão baixo. Ficamos presos nos meandros dessa teia, e muitas vezes achamos que algo é real, quando não passa de uma fofoca, ou coisa infundada. E falo de tudo, desde sites de relacionamentos, até notícias mal-apuradas veiculadas levianamente. Ficamos reféns dessa situação e perdemos a capacidade de criticar. Não sabemos onde buscar a objetividade, ou realidade dos fatos, e botamos fé em factóides. Conversamos com pessoas que nem sabemos mesmo quem são. Tudo é muito fácil, as promessas são maravilhosas. Mas também podem ser muitos facéis os golpes, a pilantragem. Por isso temos que batalhar para conseguir nos mantermos presos à realidade. Não que devemos esquecer nossos sonhos e desejos, mas temos que nos precaver. Sempre pode ter alguma oportunidade boa, mesmo no virtual, mas há de se ter muita calma para peneirá-las...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O mundo paralelo do JUBs

Acabo de retornar, nesse domingo do JUBs - Jogos Universitários Brasileiros. Já tinha tido a oportunidade de participar dos jogos em 2007. Mas dessa vez superou todas as expectativas. De fato, por quase 10 dias, vivemosnuma espécie de mundo paralelo. bem alojados, num hotel que se não era o melhor, tava de bom tamanho. É impressionante como tudo ocorre nesse evento. Para começar, um time, com 11 caras mais o técnico, convivendo junto por 24 hs. A convivência trás coisas impressionantes. Formam-se amizades, que espero que durem. Além disso, a zuação é o dia inteiro. Muitas festas, baladas, e jogos, é claro. Nesse quisito cumprimos nosso papel, que era de não sermos rebaixados. Ganhamos apenas o jogo que precisávamos ganhar. No mais quatro derrotas. Não que não tivéssemos talento no time para ganhar outros, mas uma série de fatores impediu isso. Primeiro o fato de a maioria dos jogadores não estar em atividade e não termos realizado nenhum treino com a equipe completa. Depois as festas e bebdeiras, sem falar em outras coisas, fizeram com que rendessemos bem abaixo do que podíamos. Mas o saldo foi muito positivo. Conheci muitas pessoas legais, aproveitei ao máximo... E ainda me deu novamente aquela vontade louca de voltar às quadras... As peladas que me esperem...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O retorno das Musas

As Musas existem, no mínimo desde a Grécia Antiga. Talvez existissem desde sempre, desde que o mundo é mundo e que existem o homem e a mulher. Talvez a primeira das musas tenha sido Eva, inspirando Adão a cometer o pecado original. De fato há algo de intrigante com essas musas, fontes de inspiração e da tentação. Na Grécia, eram nove, filhas de Menmosine, deusa da memória, e Zeus. Essas seriam entidades mitológicas com capacidade de inspiração artística e científica. Cada uma tinha função específica de inspirar uma área delimitada. É interessante transpor essa concepção mitológica para o trabalho de criação. Todos que criamos, seja em palavras, harmonias, pinturas ou esculturas estaríamos influenciados por uma musa. Em meus períodos de devaneios, meus insights poéticos, sempre havia uma musa inspiradora. Ás vezes essa se transubstanciava em alguma figura feminina real, mas olhando à distância, é facil perceber que sua existência se dava mais no plano ideal do que no real. Durante certo tempo, as musas fugiram de minha vida, e me deixaram sem inspiração ou criatividade. É aquele sentimento de vazio, impotência, uma passividade-ativa, ou uma atividade-passiva. Talvez uma tradução dessa situação tenha sido feita por Drummond, o imortal, no poema Os ombros suportam o mundo:

"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.

(...)

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação".



Uma situação congelante, em que até o amor, até ele, parece não importar. Não há mais interesse, paixão, tesão. Tudo se esvai, carece de sentido, e a vida se torna um tédio sem fim. Mas a vida, por mais que alguns neguem enfáticamente, possui alguns ciclos. Chega o dia em que rompe-se a monotonia da eterna repetição e algo novo trás outros contornos. Euterpe, musa da música, Erato, da poesia lírica, e Clio da história, parecem surgir novamente no cenário e trazer uma nova inspiração. E parecem andar de mãos dadas com algumas musas inspiradoras de carne e osso. São os prazeres da alma e do corpo, união de criação e desejo. Seu retorno que começa a se anunciar promete, no mínimo, uma nova fase. Novas idéias, novas criações, novos sentidos. E um mundo de possibilidades pode se abrir a partir dessa brecha. Ou seja, nada mais visceral e transcedental que o ato de criação. E essas vísceras que pareciam terem sido arrancadas de mim. Outras estão crescendo. renovadas, esperançosas. Um grande amigo já me disse, que precisamos da noite, das bebidas e das mulheres para inspiração. No mínimo isso...