quinta-feira, 24 de abril de 2008

Diários de um morto-vivo

Começo hoje a escrever essas tristes páginas. Como Wally Salomão disse a memória é uma ilha de edição. Dela a gente corta o que quiser e depois põe de novo...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Remedios x loucura

Tenho ultimamente enfrentado um feroz batalha contra certos medicamentos. Não desejo toma-los, mas o Grande Irmao, exige sempre que eu tome-os. Dizem que é para meu bem, mas não consigo acreditar. Pessoas que são falsas mentem o dia todo. E temos que conviver nessa grande mentira que é o mundo. Uma invenção em que a ética e a moral estão jogados para escanteio. Mas as pessoas ficam navegando nesse mar de mentiras sem saber pra onde ir. Aí vai uma dica: siga seu coração. Assim a vida fica menos penosa e mais aprazível. Mas aqueles que seguem seus corações vivem uma serie de dificuldades na triste vida. Ficamos sendo taxados de loucos, quando nossa loucura ja se acalmou. Mas a vida é mesmo assim, diria o sábio filósofo Pedro e seu companheiro Luís. O problema são os remédios que não ajudam a ficarmos sãos, mas sim nervosos, ansiosos. Mas a escolha é sempre minha, tomar ou não, levantar da cama ou não. Se eu voltar a ficar aprisionado nas quatro paredes sufocantes do meu quarto, aí sim a casa vai cair. Mas o máximo que faria seria me mudar para um ambiente mais agradável e menos mentiroso. Por enquanto é isso. Em breve mais notícias do triste retorno desse ser melancólico. Fui...

Poesia e etc...

by Marcelinha Oliveira



Comeu até seu último suspiro

Seria seu maior problema

Queria sentir a dor do mundo

Lamentar a fome da Somália

Sofrer a exclusão

Morrer de solidão

Nem com isso se importava

Talvez lutar pelo meio ambiente

E se lutasse contra a escravidão?

Não conhecia nenhum escravo

Gostaria de dar uma grande risada pensando na tristeza do mundo

Não era insensível o bastante

Cantaria pagode

Não seria tão ridículo

Sentia-se um paliativo

Era um fracasso mal sucedido

Não causaria incômodo

Preguiça de Ser

Nojo da palavra

Tédio da vida

Comeria.

Comer bem é a melhor vingança

Vingança do não Ser

Vingança da falta

Do excesso que não existe

Comeu até o último suspiro

Seria seu maior problema

terça-feira, 22 de abril de 2008

Idiota e o mundo

Quem é o idiota? Eu ou você? O mundo ou um louco?

Quem é ela?

Afinal de contas quem seria minha inspiração. Tenho medo de ser como a Janis, que sozinha se virava do pior jeito, mas conseguia se virar. Chamar a atenção e ser o foco do mundo. Acho que sou um pouco egocêntrico nesse sentido. Mas todos queremos crescer e sermos reconhecidos. Minha busca agora é pela inspiração, que meu pai me contou que está em todas as coisas. Nos pequenos detalhes. Talvez como um Benjamin que procurava perder-se na multidão para observar a Paris de seu tempo. Talvez eu não seja apenas um flaneur. Mas ainda não sei quem eu sou, então fica difícil encontrar a inspiração. Mas ela está ae. Nas belas paisagens, belas pessoas, amigas ou não. Talvez ela possa mesmo me vir do triste caso da menina Isabela. Pois é na tristeza que encontramos força para seguir em frente. Talvez ela venha mesmo do meu triste coração melancólico. Que não se satisfaz com pouco e gosta de ser amado sinceramente. Sem farsas, nem mentiras. O último suspiro restante de uma vida que já se passou. Não há mais vida em meu coração. Estou tentando recuperá-la. Mas alguém tenta não deixar. Calma. É tudo que tenho agora. Mas é difícil... Viver é muito perigoso, já alertava o jagunço Riobaldo Tatarana, no clássico do genial Guimarães Rosa. É preciso acabar com essa tristeza. Inventar novas alegrias...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O problema dos loucos

O problema dos loucos é que ninguém os entende quando eles já saíram da sua loucura. Quando querem ficar na sua, ou apenas em casa, ninguém entende. Todos acham que estam agitados, nervosos. Acho que a felicidade alheia incomoda. Quando você sabe do que passou, não quer voltar pra lá, mas eles não deixam. Os outros sempre sabem mais da suas necessidades do que você. Isso é um problema. Pois quando estamos bem, nada nos encolhe ou diminui. Pra que dar atenção para quem não fala a verdade sempre? As vozes não existem, não existe nada, nem ninguém. Só eu. Só, do jeito que sempre fui. Quem jogava bola sozinho no sítio? EU mesmo. Esse pobre mortal e boçal que vos escreve. Triste e alegre, como sempre fui. Nos momentos certos, faço o que penso, e nada nem ninguém vai conseguir me parar. Porque sou como uma máquina sem controle. Um louco, talvez, ou não. Uma pessoa normal que tem seus traumas e confusões. Mas que não quer voltar ao fundo do poço. Somente isso. Com medo. Medo é o pior dos sentimentos, aquele que paralisa a pessoa. Deixa-a sem armas para lutar. Mas quem já passou por lá não tem medo de voltar. O único medo que resta é de estar deprimido. Essa sensação, quem já a exprimentou não vai querer de novo. É o medo da morte que nos ronda. A todos nós, loucos e normais.

Poesia e etc...

O poeta animado

Hoje o poeta está animado
Seu coração está inspirado
Suas ventas se enchem de fumaça
Sua vida se esvai pelas mãos

Mas os amores estão distantes
A inspiração voltou a vida
Porém sem o grande amor
Será que ele existe?
Sera que está livre?
Será que será seu?
Será?
Ser...?
E agora João?
Fudeu..
fedeu..
se fu...

domingo, 20 de abril de 2008

Do sonho ao sono, ou tanto faz ao contrário - II

Na verdade na última postagem do Sono ao sonho, achei que estava acordando de novo. Não estava. Ainda entrei no sono, para tentar recuperar meus sonhos por algum tempo. Uma semana se me lembro bem. Mas foi o suficiente. Seja pela Venlafaxina ou por seu efeito placebo, tomei ela na quinta passada a noite e sexta, no meio da tarde resolvi acordar. Isso é estranho, que eu tenha permanecido fora de mim por mais de um mês e meio e resolvesse acordar tanto tempo depois. Mas as pessoas são assim. Cada um tem seu tempo. Eu tive o meu, longuíssimo. Mas com certeza por causa daquela injeção que contei mais abaixo. O tal do Haldol é que tava me capotando, ou domando. Agora, acordei. Novamente senti vontade de ler. E pasmem, quer queiram quer não, começei a ler a biografia de Janis Joplin, chamada Enterrada Viva, que uma certa pessoa me emprestou. Foi boa a sensação, voltar a fazer o que eu gosto, voltar a jogar PSP, sair do meu mundo privadíssimo do meu quarto moderno. Fiquei nele durante quase uma semana, saindo quase apenas para me alimentar e receber os vistantes quando vinham. Mas a vida para mim, naquela altura estava triste. Não sei bem o porquê ainda. A psicanálise talvez tente explicar. Outros podem achar que foi Deus que resolveu me iluminar de novo. Não importa, o que importa é que eu fiquei bem de repente. Não tinha voltado a escrever ainda, mas a leitura já me dava prazer novamente, ainda mais aquela. Sobre uma figura tão excêntrica, envolvida com drogas e cheia de sonhos. Aprendi com ela que o que importa são os sonhos. Sem drogas, mas os tais sonhos alimentam a esperança que nos segura nesse mundinho insólito. Depois falo mais sobre Janis, que foi uma figura ímpar, mas tão louca que acabou se matando nas drogas, eu acho... Vamos ver. Mas o que importa aqui é a minha vida. Que vou voltar a contar para vocês, detalhe por detalhe, do surto à volta por cima, amanhã. Hoje vou tentar entender o caso Isabbela. Muito trsite por si só. Para mim a vida é triste e ponto final.

Triste poeta

Triste poeta

Hoje acordou triste o poeta risonho
Não havia mais aquele amor
Fora extinta a chama?
Talvez sim, mas
Nessa separação o poeta sofre
Menos sofre internamente
Sofre o medo da falta de inspiração
Inspira e... ação!
para escrever
escreve
ve
ex?!...

Quem sou eu?

1) um burguês de classe média alta
2) um historiador?
3) um poeta?
4) Um palhaço do circo sem futuro?
5) um poeta?
6) em amante a moda antiga alucinado?
7) um louco e a toa?

Poesia e etc...

Tudo ou Nada

o Tudo as vezes é o vazio
Vazio preenche nada
que não quer saber do tudo
O tudo é o infinito
Infinito enquanto dure

Mas o mistério da existência
Não está no tudo
nem no nada
Está no vazio da existência

terça-feira, 8 de abril de 2008

Do sono ao sonho

Ontem descobri que se eum ser humano quiser ele pode dormir durante um dia inteiro. Tudo começou quando começei a ver o segundo episodio do Band of Brothers. Peguei no sono e quando ia acordar começava a lembrar do que eu esqueci, pensava nas possibilidades que esse ano ainda reserva... Mas hoje começei o dia do mesmo jeito, mas não acho que seja o sono a solução de meus problemas ou crises psicológicas. Começei a pensar que o sonho sim seria uma boa ajuda para aos poucos eu voltar a minha rotina normal. Perdi uma pessoa muito querida graças ao sono, agora tentarei recupera-la nos meus sonhos. Aqueles sonhos diurnos de que fala Ernst Bolch que alimentam a maior das paixões humanas: a esperança. Mas a espera cansa, mas devo retomar minhas atividades, pois o mundão ainda ta ae me esperando voltar...
Agora vou almoçar para ver no que dá.
abraços

domingo, 6 de abril de 2008

Poesia e etc...

Saudades

Vontade de te ter
loucuras pra te ver
a menten não pára de pensar
Na razão de tudo abortar

Coração bandido, banido
Privado de teu ser
Fica murcho, tolido
e mais triste o viver.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Solidão


Estranho.
Que sou eu?
De que matéria sou feito?
Amor?
Mas esse passa.
Paixão?
Essa ilude.
Coração.
Sábia opção

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Amor

Que estranha força é essa que nos leva a mover montanhas e cuja chama apaga sem percebermos? Por que a vida foi feita para amarmos, mas estamos sempre errando nesse quesito. Não foi a primeira queda amorosa nem a última, mas todas têm seu sofrimento e suas dores. É o amor que ilumina a vida e temos que vivê-la para amar. Sempre que passamos por momentos como esses, achamos que o mundo caiu sobre nossos ombros. Mas a vida não é assim. O mundo nos envolve com amores, e a família é o primeiro e melhor desses. Esses estarão sempre ao nosso lado, e o amor que nos transmitem nos ajudam a continuar nossa sina sem que o sofrimento invada nosso ser... Mas ela invade sempre, o medo da solidão, a angústia da melancolia. Mas o amor e assim mesmo desalmado, não nos avisa a hora de sair, muito menos de chegar. O importante é não perdermos a capacidade de amar, para que a inspiração da vida não se esvaia do nosso ser. amar é o triste destino quixotesco dos homens.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Religião e etc I

Como Super ID afirmava, seguindo Zeca Baleiro, minha tribo sou eu. Negavva a existêcia de Deus e acreditava, no máximo na entidade de algo superior no interior das almas humanas. Surpreedentemente essa opinião vem mudando de dois lado: um o raggae rastafari e sua pregação de paz e amor. Dois: o ótimo livro, do qual li a penas o primeiro capítulo, do Dalai Lama, chamado "Uma ética para o Novo Milênio". Numa análise geral ele nos mostra que não há condições no ocidenten e no oriente do homem encontrar sua paz espiritual. Guerra, doenças, assassinatos e até mesmo um certo desconforto devem encaminhar o homem para uma revolução interior espiritual.