terça-feira, 22 de abril de 2008

Quem é ela?

Afinal de contas quem seria minha inspiração. Tenho medo de ser como a Janis, que sozinha se virava do pior jeito, mas conseguia se virar. Chamar a atenção e ser o foco do mundo. Acho que sou um pouco egocêntrico nesse sentido. Mas todos queremos crescer e sermos reconhecidos. Minha busca agora é pela inspiração, que meu pai me contou que está em todas as coisas. Nos pequenos detalhes. Talvez como um Benjamin que procurava perder-se na multidão para observar a Paris de seu tempo. Talvez eu não seja apenas um flaneur. Mas ainda não sei quem eu sou, então fica difícil encontrar a inspiração. Mas ela está ae. Nas belas paisagens, belas pessoas, amigas ou não. Talvez ela possa mesmo me vir do triste caso da menina Isabela. Pois é na tristeza que encontramos força para seguir em frente. Talvez ela venha mesmo do meu triste coração melancólico. Que não se satisfaz com pouco e gosta de ser amado sinceramente. Sem farsas, nem mentiras. O último suspiro restante de uma vida que já se passou. Não há mais vida em meu coração. Estou tentando recuperá-la. Mas alguém tenta não deixar. Calma. É tudo que tenho agora. Mas é difícil... Viver é muito perigoso, já alertava o jagunço Riobaldo Tatarana, no clássico do genial Guimarães Rosa. É preciso acabar com essa tristeza. Inventar novas alegrias...

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