terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Manguebeat - IV

Em 2 de fevereiro de 1997 o movimento manguebeat sofreria uma perda irreparável. Apesar de normalmente dirigir um Landau, que chamava de “papa-gasolina”, nesse dia Chico guiava um Fiat-Uno de sua irmã e chocou-se num poste num viaduto entre Recife e Olinda. Mais de quatro anos após sua morte, sua família ganharia uma indenização com um processo movido contra a montadora, pois o cinto de segurança do veículo teria se rompido com a batida. A morte abalou tremendamente a Nação Zumbi e todos os mangueboys. As repercussões na imprensa, os boatos de que a banda não sobreviveria à tal perda – já que Chico era seu grande líder – motivaram Fred 04 e Renato L. a escrever o segundo Manifesto Manguebeat: “Quanto vale uma vida”. Citando o líder do movimento zapatista, o subcomandante Marcos, assim termina o Manifesto: “Quanto vale a vida de um homem (...) Valem um mundo melhor, nada menos. Homens e mulheres, dispostos a dar suas vidas, têm direito a pedir tanto quanto valem”. O tempo passou e Jorge Du Peixe assumiu a liderança da Nação, que se manteve como referência na espontaneidade e nas misturas de batidas eletrônicas com o maracatu e a guitarra marcante de Lúcio Maia.

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