sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Vinicius


Ontem assiti o documentario sobre Vinicius de Morais. Muito interessante. Realmente é impressionante o quanto ele conseguia viver intensamente, viver poeticamente. Sentimentos à flor da pele, (des) controle emocional. Talvez todos os poetas sejam assim. Seres emocionais, ou hommo passionales. Mais do que isso, ele conseguiu conciliar uma carreira diplomática, que lhe garatia, no ínicio, a possibilidade de fazer poesia e música sem compromisso de ganhar dinheiro. Inclusive, em um de seus shows o Itamarati obrigou-lhe a tocar de terno e gravata e negou a possibilidade de que ele recebesse qualquer quantia pela apresentação.

Certamente muitas criticas a Vinicius podem surgir: a dependência com o álcool, o fato de ter se casado nove vezes e tido inúmeros filhos. Bom quanto ao álcool acredito que poucas são as pessoas que conseguem suportar o peso de viver sem um vício. Todos temos nossos vícios, e se o combustível de sua poesia e musicalidade era o whiskey, quem somos nós, seres tão medíocres, para criticá-lo. Quanto aos casamentos não se tratava de um hobby. Ele amava, amava tão intensamente, que quando a chama da paixão se esvai, não via sentido em postergar um relacionamento. Sinceridade, virtude rara e pouco admirada atualmente. E então sofria com o fim ou a perda de um amor. Mas como o poeta precisa do amor para escrever, a vida lhe trazia novas inspirações. Emocionante o depoimento de Maria Betânia, dizendo que ao conhecer uma amiga sua, em um dia de tristeza, na mesma hora Vinicius se apaixonou e decidiu se casar com ela.

Quanto às suas virtudes musicais e importância ára o desenvolvimento da música popular brasileira, não há nem o que acrescentar. Se o pai de Chico era Tom, o de Tom era Vinicius.

Mais do que isso ele foi um exemplo de vida. Se existissem mais Vinicius a nossa volta, certamente seriamos mais felizes. Se eles seriam felizes? Ae certamente não, pois a felicidade era uma busca incessante de Vinicius, como afirma Chico Buarque no documentário. Busca incessante, logo inatingível.

Um comentário:

meli disse...

uuh...
vc tem q parar de ver filme sem mim!
=P